MARX
ESTÁ MORTO!
Victor Emanuel
Vilela Barbuy
O
século XIX foi o século burguês por excelência. Foi o apogeu desta civilização
inautêntica cujo cadáver carregamos hoje e caracterizada pela crença inabalável
nos mitos do progresso indefinido [1], do cientificismo, do tecnicismo e do
economicismo e por um imperialismo fundado no poderio econômico e militar e
justificado pela crença supostamente científica na superioridade irredutível de
determinados povos sobre outros.
O
século XIX foi marcado, assim como o século que o precedeu, pelo progresso
técnico, econômico e científico e pela decadência moral, ética e social; pela
absurda ideia de que se constrói o futuro rejeitando o passado e de que o Homem
de então era superior a seus antepassados, ideia ainda seguida por aqueles que
não percebem que não há verdadeiro progresso sem Tradição e de que não se torna
uma Nação maior vilipendiando a memória daqueles que a fundaram.
O
século XIX foi o século, por fim, das visões unilaterais do Universo e do
Homem; da rejeição de toda ordem transcendente; das legislações inautênticas,
avessas aos espíritos nacionais, às constituições não escritas que são as
tradições integrais das nações; do destronamento de Cristo e da entronização do
dinheiro, do número e da máquina.
Ninguém
representa melhor o século XIX do que Karl Marx, o eterno burguês, defensor do
materialismo absoluto, que acreditou como poucos nos mitos do cientificismo, do
tecnicismo e do progresso indefinido, tudo explicou pelo fator econômico, e foi
um homem profundamente racista e etnocêntrico e um apologista do imperialismo,
do mesmo imperialismo que seus discípulos, a partir de Lênin, tanto
condenariam, a despeito de praticá-lo com impressionante brutalidade.
As
concepções de Marx são, como ressalta Giovanni Gentile, concepções
rigorosamente econômicas e materialistas para as quais "tudo aquilo que é
humano é econômico, e ninguém tem o direito à existência se não é [economicamente]
útil" [2], não atentando para o fato de que o fator "econômico não é
humanidade, mas instrumento do homem", sendo útil tão somente enquanto
serve a este [3]. Com efeito, como aduz Carl Schmitt, em O conceito do político, o sistema marxista é um sistema antes de
tudo econômico, intentando pensar economicamente e permanecendo, por
conseguinte, "no século XIX, o qual é essencialmente econômico" [4].
Nascido
Moses Kiessel Mordechai Levi Marx a 5 de maio de 1818 na bucólica cidade renana
de Trier, também conhecida como Trèves, seu nome francês, o futuro criador do
socialismo "científico" era descendente, tanto pelo lado materno
quanto pelo paterno, de importantes rabinos e talmudistas. Seu pai, o advogado
Hirschel Marx, se converteria ao protestantismo, juntamente com toda a família,
exceto a esposa, em 1824, mudando o nome para Heinrich em virtude das
restrições então impostas aos não protestantes em geral e aos judeus em
particular no Estado prussiano. Este, que anexara a católica Renânia após o Congresso
de Viena, em 1815, reservava os cargos públicos aos protestantes, sendo que o
pai de Marx era advogado do Estado.
Criado
na Igreja Evangélica Prussiana, de orientação luterana, e ateu desde a
juventude, após uma fase em que aparentou ser um cristão fervoroso, Karl
Heinrich Marx, nome que recebeu ao ser batizado, foi, porém, como observa o
intelectual anarquista judeu Bernard Lazare, "um talmudista lúcido e claro
a quem as minúcias da prática não traziam qualquer embaraço. Um talmudista que se
devotou à sociologia e aplicou as suas qualidades de exegeta à crítica da
economia política animado pelo antigo materialismo hebraico" [5].
Marx
foi o criador de uma ideologia essencialmente burguesa e somente compreensível
enquanto fruto da árvore da burguesia, ideologia inautêntica que subsiste
graças tão somente a seu caráter religioso [6]. Neste sentido, preleciona
Heraldo Barbuy em Marxismo e Religião:
"Dentre
as afirmações do marxismo, algumas são inverificáveis; outras, puderam ser
confrontadas com a experiência e foram pela experiência refutadas. Mas no
marxismo, tanto as proposições inverificáveis, quanto as que foram refutadas
pela experiência, funcionam como um sistema religioso. As críticas racionais e
a contestação do marxismo pelos fatos, têm sido completamente inúteis em face
da eficiência que o sistema tira de seu caráter religioso" [7].
Ao
contrário dos sistemas científicos, que perdem a vigência a partir do momento
em que deixam de coincidir com a realidade, "os grandes credos coletivos
não vivem", como observa o autor de O
problema do Ser, "pela força de suas supostas verdades ou erros
científicos, e sim pela fé que despertam" [8].
Como
diria Guerreiro Ramos, em artigo publicado no Jornal do Brasil a 25 de novembro de 1979, o marxismo é "um culto
popular", que "não é teoria nem ciência". O marxismo, afirma o
sociólogo baiano, "é a mais influente força obscurantista da história
contemporânea, que dificulta o esforço de ordenamento da vida nacional e
internacional. Nos chamados regimes socialistas, onde o marxismo prevalece como
ortodoxia, reina o obscurantismo e a chatice" [9].
O
autoproclamado socialismo "científico", aliás cem vezes mais utópico
do que o socialismo a que os marxistas denominam "utópico", é uma
religião inautêntica que tem em Marx o seu profeta, em O Capital e no Manifesto
Comunista seus livros sagrados, no proletariado seu "povo eleito"
e no comunismo seu paraíso.
Também
é uma religião o bolchevismo, como, aliás, bem notou Plínio Salgado, que, em O sofrimento universal, sublinhou que a
luta que este abrira contra as religiões no país dos sovietes fora "um
movimento ao qual podemos denominar sem receio de erro: o grande movimento religioso da Rússia" [10].
O
caráter religioso do bolchevismo, ainda mais pronunciado que o do próprio
marxismo, se dá sobre tudo em razão da influência que este recebeu do espírito
profundamente místico da Santa Rússia e de seu povo.
Isto
posto, insta ressaltar que o bolchevismo constitui, em diversos aspectos, -
como o voluntarismo, o antiimperialismo e a ideia de que o partido comunista se
constituiria na vanguarda do proletariado, incapaz de fazer a
"revolução" por si próprio - a própria negação das ideias de Marx, um
determinista que acreditava que a massa faria a "revolução" por si
mesma no momento em que chegasse ao limite a exploração capitalista e, além
disso, um defensor do colonialismo. Além do mais, o bolchevismo, ideologia em
que se pode sentir algo do cheiro da terra da pátria de Ivã, o Terrível, e de
Pedro, o Grande, bem como do sangue e do suor de seu sofrido povo, foi, em
diversos momentos, usado como mero instrumento do expansionismo russo, do mesmo
expansionismo que Marx – homem profundamente russófobo – tanto temia e
condenava. Por ironia do destino, o nome do pensador antipan-eslavista e
antitsarista de Trier serviu de bandeira de luta para os tsares vermelhos do Kremlin, que, em nome do socialismo
"científico", praticaram a política pan-eslavista e perseguiram o
sonho de realizar, por meio da III Internacional, o antigo mito da Terceira
Roma.
***
Nietzsche
viu no Cristianismo uma religião de escravos alicerçada no ressentimento, na
inveja e no ódio por tudo aquilo que é grande e belo. Nós, por nossa vez,
consideramos – da mesma forma que Max Scheler [11]– que o magno poeta-filósofo
de Assim falava Zaratustra jamais
compreendeu o verdadeiro sentido do Cristianismo, que é, com efeito,
praticamente o contrário daquilo que julgava ser. Ou melhor, cremos que em
certos momentos o profeta do Super-Homem até compreendeu, ainda que não
integralmente, a mensagem de Cristo, julgando, porém, que ela houvesse sido
deturpada por Paulo, a quem se referia como "o ódio de chandala encarnado,
feito gênio, contra Roma, contra 'o mundo'", "o judeu, o eterno judeu
par excellence" [12].
Isto
posto, afirmamos que tudo aquilo que o autor de O anticristo e de A
genealogia da moral escreveu contra o Cristianismo, ou contra aquilo a que
denominava "cristianismo de Paulo", cai como uma luva para a fé
antinatural criada por Marx, o eterno burguês, que se baseia no ódio de morte a
tudo aquilo que é superior e nobre.
Marx
e Nietzsche partiram ambos da dialética senhor-escravo. O autor de A ideologia alemã defendeu os escravos e
seu modelo de Homem é o homo oeconomicus,
o mesmo homo oeconomicus de seus
mestres liberais Adam Smith e David Ricardo. Já o autor de Vontade de poder defendeu os senhores e, inspirado no
"Único" de Stirner e no "Homem do Futuro" de Wagner,
engendrou o Super-Homem, o Além do Homem.
Marx
teve o mérito de apontar os erros e mazelas do capitalismo, este desumano
sistema que engendrou a luta de classes, mercantilizou a propriedade e
dessacralizou o Mundo, o transformando em um vasto mercado dominado pelo poder
nefasto do dinheiro e que contém em si os germes da própria destruição. O autor
de O Capital diagnosticou bem as
doenças do Mundo Contemporâneo, mas o remédio que prescreveu para combatê-las
causou mais males à Sociedade do que elas próprias.
Nietzsche,
por seu turno, teve o mérito de combater o liberalismo, o coletivismo, o
cientificismo, o comodismo e a ditadura do ouro, do número e da máquina, ou, em
uma palavra, a civilização burguesa. Errou, porém, ao lutar contra o Cristianismo
e divinizar o Homem. O sistema por ele criado é, da mesma forma que o marxista,
uma religião: a religião do Super-Homem, do Eterno Retorno, da Vontade de Poder
e da transmutação de todos os valores.
Tanto
Marx quanto Nietzsche foram homens extremamente egocêntricos. O primeiro foi
definido pelo poeta Heinrich Heine como um "deus ateu de si mesmo"
[13] e nada é preciso dizer sobre o segundo, autor de Ecce Homo, verdadeiro monumento de egolatria escrito quando já se
manifestavam claramente os sinais da demência que o destruiria.
Plínio
Salgado, em alusão ao épico germânico medieval Nibelungenlied (Canção dos
Nibelungos), principal das fontes que inspiraram Wagner a compor a
monumental Trilogia do Anel, observa que os homens atrofiados de Marx, meras
peças da grande máquina da Coletividade, não passam de anões de Nibelungen, ao passo que os homens
hipertrofiados e divinizados de Nietzsche não são senão gigantes da montanha.
Nós, que partimos de uma visão integral do Universo e do Homem, afirma em seguida
o preclaro pensador patrício, "não queremos nem o anão, nem o gigante,
mas, apenas, o Homem", "o Homem Integral" [14].
Havendo
feito referência a Nietzsche, julgamos oportuno assinalar que foi este um
filósofo em toda a extensão de significado que tal termo comporta, ao passo que
Marx jamais passou de um pensador medíocre, consideravelmente inferior, por
exemplo, a seus rivais "esquerdistas" Proudhon, Bakunin, Dühring,
Lassale e Bruno Bauer, sem falar no seu próprio amigo Engels. O autor de O crepúsculo dos ídolos foi, ademais, um
grande poeta, sobretudo em prosa, sendo Assim
falava Zaratustra certamente o mais belo poema em prosa da Literatura
alemã, enquanto o autor da Crítica à
Filosofia do Direito de Hegel jamais passou de um poeta fracassado.
Chegou
Marx a crer, com efeito, na juventude, que sua tragédia em versos, Oulanen, tornar-se-ia um novo Fausto [15]. Por essa época, enviou um
poema ao Deutscher Musenalmanach (Almanaque Alemão de Musas), de Leipzig,
que não o publicou. Resolveu então presentear o pai com toda a sua coleção de
versos, mas este não apreciou muito a poesia do filho, afirmando que teria uma
grande tristeza caso o visse como um "poetastro qualquer" [16]. Em
1841, dois poemas seus foram publicados no Athenaeum,
de Berlim. Selvagens, apocalípticos e repletos de ódio, violência, vontade de
destruição e ideias macabras como pactos de suicídio e pactos com o demônio
[17], tais poemas, embora carentes de valor literário, têm importância na
medida em que neles já estão presentes vários dos princípios do credo marxista.
***
Marx
foi um grande plagiário. Quase todos os seus ditos mais célebres foram, com
efeito, copiados de outros pensadores. De Marat, tomou as frases "Os
trabalhadores não têm pátria" e "Os proletários não têm nada a perder
senão suas correntes". De Heine, pegou a frase "A religião é o ópio
do povo". De Louis Blanc, proveio a fórmula "De cada um de acordo com
suas habilidades, a cada um de acordo com suas necessidades". De Karl
Schapper, roubou o lema "Trabalhadores de todo o Mundo, uni-vos!" e
de Blanqui a expressão "ditadura do proletariado" [18]. O próprio
Manifesto Comunista tem sido apontado, por intelectuais como Enrico Labriola,
Georg Brandes, Georges Sorel e Tcherkezichvili, como sendo quase que integralmente
um mero plágio do Manifesto Democrático
de Victor Considerant, socialista "utópico" francês. Brandes chega a
afirmar, aliás, que o Manifesto Comunista
é "praticamente uma mera tradução [do manifesto] de Victor
Considérant"[19].
Um
dos mais graves defeitos de Marx, herdado, aliás, pela absoluta maioria de seus
seguidores, é a mais completa desonestidade intelectual, que não se manifesta
tão somente nos plágios, mas também no emprego das citações em seus trabalhos.
Citemos as palavras do filósofo alemão Karl Jaspers:
"O
estilo dos escritos [de Marx] não é o estilo da investigação, ou seja, a
constante evocação das instâncias contrárias, a procura de fatos que falam
contra a própria tese; mas esses escritos proclamam, de forma inequívoca, a
verdade agora definitiva, e só apresentam o que a confirma. Constituem um
pensamento de advogado de defesa e não um pensamento investigador, porém um
pensamento de advogado que tem a certeza da verdade perfeita não em bases
científicas, mas em virtude de fé" [20].
Em
1885, dois estudiosos de Cambridge produziram um artigo para o Clube Econômico
de Cambridge intitulado Comentários sobre
o uso dos Livros Azuis por Karl Marx no Capítulo XV de "Le Capital".
O texto, produto de um estudo realizado com base na edição francesa revisada de
O Capital (1872-75), demonstrou que o referido texto de Marx apresenta um
desapreço quase criminoso no uso das fontes", permitindo que consideremos
quaisquer "outras partes do trabalho de Marx com suspeição". Foi
demonstrado, com efeito, que no capítulo de O
Capital em apreço, algumas citações dos Livros Azuis da Biblioteca do Museu
Britânico haviam sido "convenientemente reduzidas pela omissão de
passagens que poderiam ser levantadas contra as conclusões que Marx tentava
estabelecer". Ao mesmo tempo, Marx inseriu "citações fictícias"
em sentenças isoladas contidas em diferentes partes de um relatório, e que,
para burlar o leitor, eram colocadas "entre aspas invertidas com toda a
autoridade das citações dos próprios Livros Azuis" [21].
No
discurso inaugural da Associação Internacional dos Trabalhadores, em 1864, Marx
adulterou criminosamente um trecho da mensagem orçamentária do Primeiro
Ministro Britânico, William Gladstone, de 1863. Gladstone dissera que
"veria quase com apreensão e dor este inebriante crescimento da riqueza e
do poderio se acreditasse que está circunscrito à classe conservadora. A
condição média do trabalhador, temos a felicidade de sabê-lo, melhorou nos
últimos vinte anos, em um grau que sabemos extraordinário e que podemos quase qualificar
como sem paralelo na história de qualquer país e de qualquer época" [22].
Marx, por seu turno, com a completa desonestidade intelectual que lhe era tão
peculiar, fez Gladstone afirmar que "este inebriante crescimento da
riqueza e do poderio está totalmente circunscrito à classe conservadora"
[23].
A
desonestidade intelectual está, contudo, muito longe de ser o único defeito de
Marx. O grande deturpador da dialética hegeliana e criador da religião ateia do
ódio, da violência e da baixeza moral que é o chamado socialismo
"científico" foi um homem profundamente cínico, mesquinho, invejoso,
interesseiro, violento, desleal e preguiçoso. Na juventude, teria portado
irregularmente armas de duelo e tomado parte em pelo menos um duelo, além de ter
passado um dia preso por desordens noturnas e embriaguez [24]. E mesmo com mais
de quarenta anos, em 1860, ao se encontrar com Bruno Bauer, em Londres, Marx,
após muito beber, pôs-se a atirar pedras nos lampiões, fugindo a toda brida
assim que viu a polícia se aproximar [25].
O
barbudo burguês de Trier jamais foi um operário ou mesmo pisou em uma fábrica e
sempre foi profundamente hostil àqueles que o haviam feito, isto é, aos
operários que adquiriam consciência política, em virtude de suas ideias
moderadas de como se chegar a uma Sociedade mais justa, totalmente avessas ao
extremismo de Marx [26].
Ao
contrário do que sustentam diversos inocentes úteis, Marx, que chegou a gastar
parte substancial da herança que recebeu do pai armando trabalhadores belgas
[27], sempre foi um apologista da violência. No Manifesto Comunista, sustentou que os objetivos dos comunistas
"só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social
existente" [28]. No ano seguinte, dirigindo-se ao governo prussiano,
disse: "Nós somos impiedosos e não pedimos clemência de vocês. Quando a
nossa vez chegar, não disfarçaremos o nosso terrorismo". Em 1850, o Plano de Ação que distribuiu na Alemanha
igualmente encorajava o emprego da violência: "Longe de nos opormos aos
assim chamados excessos, aqueles exemplos de vingança popular contra indivíduos
odiados ou edifícios públicos que adquiriram odiosas memórias, nós devemos não
apenas perdoar tais exemplos, mas ainda dar a eles a nossa ajuda" [29].
Mais tarde, em O Capital, defendeu
que "a violência é a parteira de toda velha sociedade que está prenhe de
uma nova" [30].
Na
luta contra os adversários políticos, Marx sempre seguiu o princípio
maquiavélico segundo o qual os fins justificariam os meios. Impossibilitado de
destruir o prestígio de Bakunin, cuja influência sobre os trabalhadores temia e
invejava profundamente, o pensador socialista, com o intuito de desmoralizar
publicamente o adversário, acusou, na Neue
Rheinische Zeitung (Nova Gazeta
Renana), o líder anarquista russo de ser um agente secreto da polícia
tsarista, dando como fonte documentação que segundo ele estaria em mãos da
escritora Amandine Aurore Lucile Dupin, mais conhecida pelo pseudônimo de
George Sand. Ao tomar conhecimento da calúnia contra Bakunin, George Sand,
indignada, exigiu de Marx imediata retratação e este se justificou afirmando
que assim procedia "para defender o movimento socialista dos governos
capitalistas" [31].
Com
efeito, podemos afirmar, com Paul Johnson, que toda e qualquer coisa que
aconteceu na União Soviética sob o regime de Stálin já estava prefigurada quase
cem anos antes no comportamento de Marx [32]. Afirmamos, aliás, que a única
diferença existente entre o "Guia Genial dos Povos" e o místico ateu
de Trier reside no fato de que o primeiro chegou ao poder, se transformando no
Tsar ou Cã Vermelho, ao passo que seu mestre jamais chegou sequer perto disso.
E a mesma comparação poderíamos fazer entre Marx e Mao Zedong, o "Grande
Timoneiro" da "Revolução" (anti)Chinesa, o Imperador Vermelho
que fuzilou milhões na "Revolução" (anti)Cultural e matou ainda mais
de fome durante o "Grande salto para a frente", que deveria ter se
chamado "Grande salto para trás".
Nenhuma
vítima de Marx foi, porém, maior do que a própria família. Dos seis filhos que
teve com a esposa, Johanna "Jenny" von Westphalen, três morreram
ainda na primeira infância, vítimas do estado de penúria a que foram submetidos
por conta da leviandade e irresponsabilidade do pai, e dois outros - as filhas
Eleanor e Jenny Laura – se suicidaram em 1898 e 1911, respectivamente. A outra
filha, a jornalista Jenny Caroline, morrera, ao que parece vítima de câncer, em
janeiro de 1883.
O
último dos filhos de Marx a morrer foi Frederick "Freddie" Demuth,
produto da relação extraconjugal do pensador "alemão" com a criada
Helena "Lenschen" Demuth (que nunca recebeu um centavo de Marx) e
cuja paternidade fora assumida por Engels para evitar um escândalo.
"Freddie", que nasceu em 1851 e faleceu em 1929, só viu Marx uma
única vez em sua vida.
***
Em
A questão judaica (1844), Marx
afirma:
"Qual
é o fundamento secular do judaísmo: A necessidade prática, o interesse egoísta.
Qual
é o culto secular praticado pelo judeu? A usura.
Qual o seu Deus secular? O dinheiro.
Pois
bem, a emancipação da usura e do dinheiro, isto é, do judaísmo prático,
real, seria a autoemancipação de nossa época.
(...)
A emancipação dos judeus é, em última
análise, a emancipação da humanidade do judaísmo.
(...)
O judeu se emancipou à maneira judaica não só ao apropriar-se do poder do
dinheiro como também, porque o dinheiro se converteu, através dele e à sua
revelia, numa potência universal, e o espírito prático dos judeus no espírito
prático dos povos cristãos. Os judeus se emanciparam na medida em que os
cristãos se fizeram judeus.
(...)
Qual era o fundamento da religião hebraica? A necessidade prática, o egoísmo.
(...)
O Deus da necessidade prática e do egoísmo é o dinheiro.
O
dinheiro é o Deus zeloso de Israel, diante do qual não pode prevalecer outro
Deus.
(...)
O Deus dos judeus se secularizou, converteu-se em Deus universal. A letra de
câmbio é o Deus real dos judeus" [33].
O
autor dos Manuscritos
econômico-filosóficos, porém, jamais pode se emancipar do "Deus zeloso
de Israel", que, segundo ele, se converteu, por meio da ação dos judeus,
no "Deus universal" da sociedade burguesa. Suas egoísticas cartas à
família e a Engels estão repletas, com efeito, de pedidos de dinheiro. Uma
delas, escrita a Engels em princípios do ano de 1863, quando este perdeu Mary,
sua companheira, quase pôs termo à amizade que unia os dois criadores do
socialismo "científico".
Na
referida carta, Marx dizia que ficara surpreendido e transtornado com o
falecimento de Mary, que lembrava ser uma pessoa muito boa, de "humor
sereno" e apegada ao amigo, mas logo em seguida passava egoisticamente a
ocupar Engels com suas dificuldades econômicas. E assim concluía a carta:
"De certo, sou horrivelmente egoísta contando-lhe minhas dificuldades em
tal circunstância. Mas o remédio é homeopático; um mal expulsa o outro. E, afinal
de contas, que posso fazer? Não poderia ter morrido, em lugar de tua Mary,
minha mãe, que anda mal de saúde e já viveu bastante? Veja, a que pensamentos
extravagantes chegam os homens, ditos civilizados, quando são oprimidos por
certas circunstâncias" [34].
Engels
sentiu-se bastante mal ao ler a carta de Marx, especialmente em virtude de
haver recebido, após o falecimento de Mary, a afetuosa solicitude de diversos
amigos dos quais não esperava tanto. E assim escreveu a Marx: "Você achou
que esse momento era oportuno para fazer prevalecer seu gélido modo de
pensar" [35].
Alguns
dias mais tarde, Marx escreveu a Engels procurando se justificar e demonstrar
arrependimento e então o autor de A
origem da família, da propriedade privada e do Estado o perdoou, de modo
que as relações entre os dois coautores do Manifesto
Comunista voltaram a ser aquelas de sempre [36].
***
Foi
em nome dos ideais de Karl Marx que uma minoria organizada de agitadores fez a
"Revolução" (anti)Russa de 1917, bem como todas as demais
"revoluções" ditas socialistas do século XX, responsáveis pelo
extermínio de mais de cem milhões de pessoas, vítimas dos fuzilamentos, das
torturas, da fome e das doenças provocadas pela miséria.
Fora
em nome das ideias de Jean-Jacques Rousseau que outra minoria de agitadores
profissionais fizera a "Revolução" (anti)Francesa de 1789, que em
poucos anos foi responsável pela execução de dezenas de milhares de pessoas,
sem contar as vítimas das guerras civis e da chamada "Guerra Revolucionária",
por ela provocadas, enquanto a tão demonizada Inquisição Espanhola em trezentos
e trinta anos matou, segundo os mais insuspeitos historiadores, cerca de três
mil pessoas.
Além
de terem sido os principais inspiradores dos dois mais nefandos levantes contra
a Tradição e a Ordem Natural das últimas centúrias, Rousseau e Marx têm mais
semelhanças do que se imagina. Como frisa Henri de Man, a influência do autor
de Do contrato social sobrevivia em
Marx muito mais do que este admitia [37].
Consoante
aduz o filósofo russo Nikolai Berdiaeff, "ao mito democrático do povo
soberano, criado por Jean-Jacques Rousseau, Karl Marx opõe o mito socialista do
proletariado, classe messiânica, também intérprete da vontade geral, destinada
a libertar e a salvar a humanidade". A despeito de se revestir de um
caráter "manifestamente mitológico" e de se constituir em uma
"sobrevivência inconsciente da visão israelita do povo eleito por
Deus", a teoria marxista da luta de classes está um pouco menos distante
da realidade do que a teoria de Rousseau, que imagina "uma vontade geral,
infalível e soberana do povo na democracia. Esta infalibilidade, Marx
transmite-a do povo soberano ao proletariado – mas, em verdade, nem num nem
noutro ela existe" [38].
Felizmente,
Oswald Spengler está certo: "Há já bastante tempo que Rousseau está
esquecido. Marx o será em breve" [39].
***
Não
podemos encerrar o presente artigo sem abordar, ainda que sucintamente, a
questão do racismo de Marx, bem como sua defesa do colonialismo europeu e
estadunidense do Norte, produto da visão profundamente eurocêntrica do poeta
fracassado de Trier.
A
15 de fevereiro de 1849, Marx publicou, na Neue
Rheinische Zeitung, um artigo defendendo a agressão imperialista dos
Estados Unidos da América contra o México, enaltecendo os estadunidenses do
Norte como representantes da civilização e do progresso e atacando Bakunin,
defensor dos mexicanos, por seu sentimento humanitarista. Acentuando o
dinamismo da nação da bandeira das treze listras, Marx sustentou que não
constituíra nenhum desastre o fato de "a bela Califórnia" haver sido
"arrancada das mãos dos preguiçosos mexicanos". "A independência
de alguns californianos pode sofrer com isso, a justiça e outros princípios
morais podem ser feridos – mas isto conta, diante de tais realidades que são o
domínio da história universal?", se indagava o amoral criador do marxismo
[40].
Em
25 de junho de 1853, em célebre artigo publicado no New York Daily Tribune, Marx, dentro da visão eurocêntrica que lhe
era tão peculiar, atacou virulentamente a cultura, a religião e a estrutura
social da Índia, considerada um exemplo sólido daquilo a que denominava
"despotismo oriental". O artigo, que trata a rica e profunda
civilização indiana como bárbara e selvagem, contém o elogio do colonialismo
britânico, "instrumento inconsciente da história" ao provocar a
"revolução" que, segundo ele, fizera ruir o edifício da sociedade
indiana [41]. Não é necessário dizer que tal juízo estava totalmente
equivocado, já que o edifício da sociedade indiana ainda está de pé e a maior
parte dos indianos permanece fiel às origens.
Em
outro artigo publicado no New York Daily
Tribune, este a 8 de agosto do mesmo ano, Marx afirmou que a Índia não
tinha História. "O que chamamos história não é senão a crônica de
invasores sucessivos que fundaram impérios na base dessa sociedade imutável e
não resistente". É o Ocidente, para o místico ateu e burguês de Trier,
quem deve introduzir a História na Índia [42].
Ora,
a sociedade indiana, que nada tem de não resistente, tanto que, invadida por
diversos povos, sempre conseguiu se manter fiel às suas tradições, somente não
teria História caso a História fosse, como na absurda visão marxista, a
história da luta de classes, já que a sociedade indiana, fiel aos preceitos do
Hinduísmo, jamais conheceu tal aberração.
Isto
posto, não podemos deixar de destacar o nosso integral repúdio à ignorância de
Marx em face da civilização indiana, uma das mais antigas e importantes da
História, que produziu joias como os Vedas,
os Upanishads, os Puranas, o Bhagavad Gita, o Mahabharata
e o Código de Manu, sem falar em
todas as invenções, incluindo o número zero e os chamados numerais
indo-arábicos.
A
civilização que Marx mais atacou, porém, não foi a indiana, mas sim a russa,
pela qual o falso profeta de Trier alimentava ódio verdadeiramente irracional,
que, como frisa Meira Penna, não se encontra somente em sua concepção de um
modo de produção particular, o denominado "despotismo oriental", que
escaparia totalmente às leis da dialética determinista, dividida em três fases:
feudalismo, capitalismo e socialismo. Esse modo de produção tornaria a Rússia,
bem como a China, a Índia e outros países, "imune à ação das forças que
conduzem, pela própria dialética das 'leis férreas da História', ao triunfo
futuro do comunismo" [43].
Para
Marx, o russo era "o bárbaro das margens gélidas do Neva" e a Rússia,
o "bizantinismo mais terrível e mais bárbaro que há", um país em que,
como ressalta em sua propositalmente olvidada obra A questão do Oriente, "por sua tradição, suas instituições e
sua situação é semiasiático". A Rússia é, para o intelectual apátrida de
Trier, "a barbárie russo-mongol em nome da qual os pan-eslavistas se
preparam para sacrificar oito séculos de participação efetiva à
civilização" [44].
Em
1848, em artigo publicado na Neue
Rheinische Zeitung, Marx pregou a "guerra revolucionária" contra
a Rússia, que, segundo ele, deveria "virilizar" o povo alemão e
permitir-lhe expandir para o Leste a sua civilização em um sacrifício
libertador. "Às frases sentimentais que se nos oferecem em nome das nações
contrarrevolucionárias da Europa, respondemos: o ódio aos russos foi e
permanece a primeira paixão revolucionária dos alemães... Salvaguardaremos a
revolução por um terrorismo decidido em relação a esses povos eslavos".
"Sabemos agora", acrescentava ele, "onde estão os inimigos da
revolução: na Rússia e nos países eslavos da Áustria" [45].
Nas
páginas que escreveu sobre a Rússia, tanto em livros quanto em jornais, Marx
sempre atacou virulentamente o país dos tsares, sustentando que este tinha
origens bizantinas e tártaras e que estavam em Gêngis Cã e na Horda de Ouro as
origens do poder e do expansionismo do Kremlin. Em sua pouco conhecida obra A Rússia e a Europa – Revelações sobre a
história diplomática do século XVIII (1857), livro profundamente antirrusso
em que defendeu a tese de que a Inglaterra estava por trás da transformação da
Rússia em potência mundial, Marx afirma:
"É
na lama sangrenta da escravidão mongol e não na rude glória da época normanda
que nasceu a Moscóvia, da qual a Rússia moderna é apenas a metamorfose"
[46]
Curioso
é saber que Marx – que em suas páginas sobre a Rússia, cheias do mais
apaixonado ódio e onde sustenta princípios tão estranhos às suas teorias
materialistas quanto a defesa da Civilização Ocidental – acreditava fielmente
na absurda lenda do testamento de Pedro, o Grande, programa apócrifo que o
fundador de São Petersburgo haveria deixado a seus sucessores para a conquista
do Mundo [47].
Como
dissemos há pouco, o nome de Marx, por ironia do destino, se transformou em
bandeira de luta dos seus mais odiados inimigos, justificando a política
expansionista russa que ele tanto combatera. Isto se torna, aliás, mais grave
caso concordemos com o juízo de alguns no sentido de que a
"Revolução" (anti)Russa de 1917 foi o triunfo da Rússia tártara
contra a Rússia europeizada, a vingança de Kazan contra a Moscóvia, ou, a
exemplo de Spengler, julguemos que na Rússia de 1917 rebentaram duas
"revoluções", a "branca" e ocidentalizada e a "de
cor", representante do "bolchevismo asiático" e que, sob o
regime de Stálin, teria suplantado a primeira [48].
Julgamos
oportuno concluir esta breve exposição a respeito do racismo e do eurocentrismo
de Marx, citando um trecho de uma das diversas cartas suas que contêm passagens
extremamente racistas. Esta carta, escrita a Engels em 30 de julho de 1862, é
talvez a mais célebre e reveladora de todas. Nela, se referindo ao líder
socialista Ferdinand Lassale, Marx escreveu:
"Está
completamente claro para mim agora que ele, como é provado por sua formação
cranial e seu nariz, descende de negros do Egito (supondo-se que sua mãe ou avó
não tenha cruzado com um negro). Agora esta união de Judaísmo e Germanismo com
uma substância negra básica deve produzir um produto peculiar. A impertinência
do camarada é também própria de Crioulo" [49].
***
Somos
contra Marx porque, assim como Giovanni Gentile, "somos contra o
liberalismo que ele combatia, mas de cujo espírito se pode dizer que ele foi o
mais franco, o mais lógico representante" [50].
Marx,
que, no plano econômico, foi discípulo de Adam Smith, do banqueiro judeu David
Ricardo e dos fisiocratas franceses, acreditou combater a burguesia, mas na
verdade nunca se libertou do espírito burguês dominante em seu tempo. E, aliás,
caso estivesse certa a sua tese no sentido de que "a natureza dos
indivíduos depende das condições materiais que determinam sua produção"
[51], isto é, da classe social a que pertencem, ele seria burguês, e, por
conseguinte, seu ideário seria também burguês.
Marx
está morto. O marxismo, religião nascida do liberalismo e da civilização
burguesa, fruto do século XIX e somente compreensível enquanto tal, está morto
desde que a Humanidade ultrapassou a época do tear mecânico e dos lampiões de
gás. É somente em certos países da África e da Ásia e na denominada América
Latina que Marx e seu nefando credo ainda são levados a sério pelos
intelectuais. Vinte anos após a queda do Muro de Berlim, marco da ruína, na
Europa, do sistema que mais matou e oprimiu na História, promovendo a igualdade
entre os Homens tão somente na escravidão, ainda carregamos o cadáver putrefato
desta ideologia espúria, baseada nos mais baixos instintos do Homem e destinada
a permanecer para sempre na latrina da História.
Seremos
verdadeiramente grandes apenas quando nos livrarmos de tal cadáver, o que se
dará tão somente quando erradicarmos as fontes do marxismo, que são o espírito
burguês e o sentimento de revolta dos injustiçados pelos desmandos do desumano
sistema capitalista. Seremos verdadeiramente grandes quando fizermos triunfar o
Espírito da Nobreza, restaurando o Primado da Tradição e, ao mesmo tempo,
substituirmos o atual sistema político, econômico e social por outro mais
justo, solidário e fraterno, que sirva à Pessoa Humana e não seja servido por
ela.
NOTAS:
[1] Sobre o mito do
progresso: BARBUY, Heraldo. O mito do
progresso. In BARBUY, Heraldo. O
problema do Ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio/ EDUSP, 1984, pp.
101-118.
[2] GENTILE, Giovanni. Economia ed etica. In GENTILE, Giovanni.
Memorie italiane e problemi della
filosofia della vita. Florença: G. C. Sansoni – Editore, 1936-XIV, p. 285.
[3] Idem, p. 287.
[4] SCHMITT, Carl. O conceito do político - Teoria do partisan.
Trad. de Geraldo de Carvalho. 1ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2008, p. 91.
[5] LAZARE, Bernard. Antisemitism – It's History and Causes.
Lincoln: University of Nebraska Press, 1995, p. 157.
[6] Sobre o caráter
religioso do marxismo: BARBUY, Heraldo. Marxismo
e Religião. 2ª ed. São Paulo: Editora Convívio, 1977; BERDIAEFF, Nicolas. O marxismo e a religião. Prefácio e
trad. de Duarte de Montalegre. Coimbra: Mensagem, 1948.
[7] BARBUY, Heraldo. Marxismo e Religião, cit., p.
15.
[8] Idem, loc. cit.
[9] RAMOS, Guerreiro,
apud DOREA, Gumercindo Rocha. Posfácio. In SALGADO, Plínio. Manifesto de Outubro de 1932 (Edição do
Cinquentenário). São Paulo: Editora Voz do Oeste, 1982, p. 72.
[10] SALGADO, Plínio. O sofrimento universal. 3ª ed. Rio de
Janeiro: Livraria José Olympio Editora, p. 28.
[11] SCHELER, Max. Das Ressentiment im Aufbau der Moralen.
Frankfurt am Main: Klostermann, 1978.
[12] NIETZSCHE,
Friedrich. Der Antichrist. In Nietzsche Werke, v. 13.
Ed. por Giorgio Colli e
Mazzino Montinari. Berlim, Nova Iorque: Walter de Gruyter, 1969, p. 244.
[13] Citamos de
memória.
[14] SALGADO, Plínio. A Quarta Humanidade. 1ª ed. Rio de
Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1934, p. 109.
[15] , Paul. Intellectuals. Nova Iorque: Harpers
Perennial, 1990, p. 54.
[16] CHIERICATI,
Cesare. Marx. São Paulo: Edições
Melhoramentos, 1975, p. 7.
[17] JOHNSON, Paul. Intellectuals, cit., loc. cit.
[18] Idem, p. 53.
[19] BRANDES, Georg. Ferdinand Lassale. Nova Iorque: Bernard
G. Richards, 1925, p. 115.
[20] JASPERS, Karl. Razão e anti-razão em nosso tempo. Trad.
de Álvaro Vieira Pinto. Disponível em: http://www.filoinfo.bem-vindo.net/filosofia/modules/smartsection/item.php?itemid=53.
Acesso em 12 de novembro de 2009.
[21] JOHNSON, Paul. Intellectuals, cit., p. 67.
[22] GLADSTONE,
William, apud JOHNSON, Paul. Intellectuals,
cit., p. 66.
[23] MARX, Karl, apud
JOHNSON, Paul. Intellectuals, cit.,
p. 67.
[24] CHIERICATI,
Cesare. Marx, cit., p. 7.
[25] Idem, p. 14.
[26] JOHNSON, Paul. Intellectuals, cit., p. 60.
[27] Idem, p. 74.
[28] MARX, Karl e
ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido
Comunista. 5ª ed. Rio de Janeiro: Vitória, 1963, p. 62.
[29] MARX, Karl, apud
JOHNSON, Paul. Intellectuals, cit.,
p. 71.
[30] MARX, Karl. O capital. II vol. São Paulo: Nova
Cultural (Col. Os Economistas), 1985, p. 286.
[31] Cf. PONTES, Ipojuca.
Sobre a moralidade de Karl Marx. In Jornal da Tarde, São Paulo, 20/10/2001.
[32] JOHNSON, Paul. Intellectuals, cit., loc. cit.
[33] MARX, Karl. A questão judaica. Trad. e apres. de
Wladimir Gomide. Rio de Janeiro: Achiamé, s/d, pp. 41-43.
[34] MARX, Karl, apud
CHIERICATI, Cesare. Marx, cit., p.
63.
[35] ENGELS, Friedrich,
apud CHIERICATI, Cesare. Marx,
cit.,loc. cit.
[36] Cf. CHIERICATI,
Cesare. Marx, cit.,loc. cit.
[37] MAN, Henri de. Le Socialisme constructif. Trad.
francesa de L. C. Herbert. Paris:Éditions Alcan, 1933, p. 43.
[38] BERDIAEFF,
Nicolas. Le Christianisme et la lutte des
classes.Trad. francesa de I. P. H. M. Paris: Éds. Demais, 1932, pp. 30-31.
[39] SPENGLER, Oswald. La decadencia de Occidente: Bosquejo de una
morfología de la Historia Universal. Trad. espanhola de Manuel G. Morente.
Buenos Aires, México: Espasa-Calpe Argentina S.A., 1952, Tomo II, p. 588.
[40] Marx, Karl, apud
PONTES, Ipojuca. Sobre a moralidade de
Karl Marx, cit.
[41] MARX, Karl, apud
PENNA, J. O. de Meira. A ideologia do
século XX. 2ª ed. São Paulo: IL/ Nordica, 1994, pp. 191-192
[42] MARX, Karl, apud
PENNA, J. O. de Meira. A ideologia do
século XX, cit., p. 193.
[43] PENNA, J. O. de
Meira. A ideologia do século XX,
cit., p. 183.
[44] MARX, Karl, apud ,
J. O. de Meira. A ideologia do século XX,
cit., p. 185.
[45] MARX, Karl, apud ,
J. O. de Meira. A ideologia do século XX,
cit., p. 187.
[46] MARX, Karl, apud ,
J. O. de Meira. A ideologia do século XX,
cit., p. 189.
[47] PENNA, J. O. de
Meira. A ideologia do século XX,
cit., p. 188.
[48] SPENGLER, Oswald. Anos de decisão. Trad. Herbert Caro.
Porto Alegre: Edições Meridiano, 1941, pp. 184-185.
[49] MARX, Karl, apud
WHEEN, Francis. Karl Marx. Trad. de
Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 58.
[50] GENTILE, Giovanni.
Economia ed etica, cit., p. 293.
[51] Citamos de
memória.
Publicado originalmente
em 22 de Novembro de 2009.