tag:blogger.com,1999:blog-27836813329413157872024-03-05T10:45:32.668-03:00Marxismo - Estudos CríticosA finalidade deste Blog é explicada na Postagem "Marxismo - Estudos Críticos", publicada em 1º de Maio de 2008.Sérgio de Vasconcelloshttp://www.blogger.com/profile/03178265624590551381noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-2783681332941315787.post-63016935026931466582024-01-27T14:13:00.000-03:002024-01-27T14:13:04.421-03:00MARX, HEGEL E KANT (1931)<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">MARX, HEGEL E KANT (1931)<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">Plínio Salgado<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">O marxismo é o erro, na verdade, porque nega
a finalidade do Espírito e o valor ideal da concepção mística; e faz mais:
relega a uma condição secundária as próprias aspirações estéticas, tentando
criar o padrão do homem segundo o que podemos denominar a “psicologia da máquina”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">No entanto, há um aspecto que cumpre
assinalar no marxismo: é o seu ponto de partida, de desassombrada, corajosa
negação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">O marxismo procede diretamente de Kant e de
Hegel. Ao passo que Kant considera o mundo como ele é, Hegel trata de explicar
o seu desenvolvimento. Nada há imóvel. A ideia absoluta traduz-se no movimento
contínuo. Do movimento constante da ideia absoluta, procede o desenvolvimento
do Universo. A tese gera a antítese, ambas se fundem na síntese, e esta se
divide novamente. Hegel é um idealista, mas, o seu sistema encerra o pensamento
revolucionário. É Fuerbach, seu discípulo, que absorve, a um tempo, o processo dialético
e o senso evolucionista, materialista, experimental. Ele mostra – resume didaticamente
Riazanov (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Marx e Engels</i>) – “que todas
as nossas ideias sobre Deus, os diferentes sistemas religioso, compreendido o
Cristianismo, são o produto do homem mesmo; que não foi Deus quem criou o
homem, mas, o homem quem criou Deus à sua imagem”. De sorte que o homem é o
princípio fundamental da filosofia de Fuerbach. “A lei suprema para o mundo
humano não é a lei de Deus, mas o bem do homem. Por outras palavras, ao antigo
pr8incípio teológico, ele opõe o princípio antropológico”(Ob cit.).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">Marx completa a evolução do pensamento
germânico, criando a sua filosofia de ação. Ele se baseia na dialética de
Hegel, no materialismo de Fuerbach, no utopismo de Saint-Simon e seus
discípulos, na teoria dos impulsos de Fourier. Baseia-se sobretudo, na
precedência da matéria sobre o espírito: houve tempos em que o homem existiu
sem consciência; esta veio depois.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">Porém Karl Marx procede, como quase todos os
valores filosóficos e sociológicos de sua época, do gênio de Emanuel Kant.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">Obscuro, complicado, profundo, Kant exprime,
na verdade, a caótica nebulosa do espírito do seu tempo, da qual se haviam de
destacar as grande ideias nucleares de sistemas geradores de novos rumos
científicos, sociológicos, religiosos e políticos. Kant é como essas imensas e
transcendentes sinfonias wagnerianas, que parecem usinas animadoras de
estranhas harmonias, contendo na sua grande massa como que o limbo de todos os
ritmos. Desenvolvem-se em Kant as forças paralelas da moral dogmática e do
sistema crítico. Ele vem de Leibnitz e de Wolff, de Rousseau e de Newton; é o
grande <i style="mso-bidi-font-style: normal;">complexus</i> despertado por Hume
do sonho dogmático, de que derivarão constelações de filósofos e pensadores. O
século XIX acorda com essa linguagem, que vai traduzir-se na lei dos três
estados de Augusto Comte; na sociologia cósmica e mecânica de Dpemcer; no
monismo de Haeckel e Lamarck; no cientificismo evolucionista de Darwin, de
Buchner, de que Virchow deduz a linha política do socialismo. Desse impulso
inicial procede, de certa forma, o i9ndividualismo de Nietzsche, de Carlyle, de
Schopenhauer; o socialismo de Blanqui, de Lassale; e toda essa galeria do
anarquismo, que vai de Proudhon e Max<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Stirner, a Bakounjine, Kropotkine e Tucher<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">Karl Marx, também, saiu dessa imensa
nebulosa. Ele parte de Hegel, guardando sempre a linha do desenvolvimento
dialético, no que o seus sistema tem de filosofia; mas, com Fuerbach, ele se
transporta para o campo do evolucionismo experimental, caminhando paralelamente
com Spencer; e é no utopismo quase místico dos franceses que ele vai buscar sua
índole política. Faltava ao socialismo francês, que tão grande influência
exercia na Alemanha e na Rússia, o pensamento filosófico, harmonizado com o
pensamento científico. O marxismo fundiu todos os elementos e traçou suas
grandes conclusões.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 42.55pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">A
NEGAÇÃO COMO IDEIA<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">O senso científico, porém, era um
desdobramento do nominalismo; e Marx, entrando nesse campo, desvia-se do
idealismo de Hegel. Nesse desvio, como que traça um círculo e torna a Hegel, ao
velho idealismo, que já tinha vindo remotamente de Platão e entrava no século
XIX, tendo passado pelo cerrado nevoeiro de Kant, para brilhar, de novo, em
Hegel e Schelling.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">Realmente. De que prova, rigorosamente
científica, parte o materialismo para negar a Deus e ao Espírito? Se esse
materialismo procede mais remotamente de Kant, e se este demonstra que a
essência das cousas nos será sempre inatingível, então, como podem Fuerbach e
Marx afirmar a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">inexistência desse inatingível</i>?
Se a prova da afirmação é tão impossível como a negação, segundo os processos
experimentais, nesse caso a negação tem um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">valor
ideal</i>, esse valor repudiado pelos nominalistas e aceito pelos finalistas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">Considerado o conceito do Universo e do
Homem, como uma concepção ideal; apreciada a ideia negativa segundo o seu valor
essencial; considerada a filosofia marxista como “filosofia de ação”, como ela
própria se denomina, porque dá um sentido social à filosofia de Fuerbach:
examinando o caráter finalista da doutrina de Marx, chegamos à conclusão de que
o marxismo é, apenas, o misticismo às avessas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">É o misticismo da sua própria raça. Para se
compreender a essência recôndita do socialismo de Marx, é preciso conhecer o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Talmud</i> e a concepção temporal que se
tinha na Judéia sobre o advento do Messias. Em última análise, essa “ateocracia”,
que domina a Rússia, não passa da velha teocracia hebreia revestida de forma
negativa. O autor de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O capital</i> espera
o Messias, que não é um homem, mas uma classe. O seu governo será com a verga
de ferro, como diz o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Talmud</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">O materialismo histórico, não é, pois, em
última análise, uma negação do “ideal”, nem mesmo do “sobrenatural”: é uma
forma de afirmação, na negação. Pois, negando, confirma, no polo oposto, o
idealismo de Hegel, e repele a crítica de Kant. E vai mais longe: firmando o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">dogma materialista</i>, demonstra a
viabilidade do dogma teológico...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">Eis por que, não tendo o marxismo vencido nos
países materialistas e industriais do ocidente, onde o capital e a máquina
expulsaram, de há muito, a Deus e ao espírito das fábricas e das metrópoles. Pode
vencer na velha Rússia mística, onde as multidões se ajoelhavam chorando diante
do gênio de Dostoievski, que lhes mostrava no céu o objetivo de uma raça
agitada nos seus dramas seculares, e trazendo no fundo da nacionalidade o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">substractum</i> do sobrenaturalismo
oriental.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-themecolor: text1;">SALGADO, Plínio. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Quarta
Humanidade </b>(1934). 5ª edição. São Bento do Sapucaí/São Paulo: Edições
GRD/Espaço Cultural Plínio Salgado, 1995; transcrito das páginas 31, 32, 33, 34
e 35.<o:p></o:p></span></p>Sérgio de Vasconcelloshttp://www.blogger.com/profile/03178265624590551381noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2783681332941315787.post-43982965280290301822023-02-23T12:43:00.004-03:002023-02-24T16:23:16.810-03:00MARX ESTÁ MORTO!<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">MARX
ESTÁ MORTO!<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Victor Emanuel
Vilela Barbuy<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O
século XIX foi o século burguês por excelência. Foi o apogeu desta civilização
inautêntica cujo cadáver carregamos hoje e caracterizada pela crença inabalável
nos mitos do progresso indefinido [1], do cientificismo, do tecnicismo e do
economicismo e por um imperialismo fundado no poderio econômico e militar e
justificado pela crença supostamente científica na superioridade irredutível de
determinados povos sobre outros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O
século XIX foi marcado, assim como o século que o precedeu, pelo progresso
técnico, econômico e científico e pela decadência moral, ética e social; pela
absurda ideia de que se constrói o futuro rejeitando o passado e de que o Homem
de então era superior a seus antepassados, ideia ainda seguida por aqueles que
não percebem que não há verdadeiro progresso sem Tradição e de que não se torna
uma Nação maior vilipendiando a memória daqueles que a fundaram.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O
século XIX foi o século, por fim, das visões unilaterais do Universo e do
Homem; da rejeição de toda ordem transcendente; das legislações inautênticas,
avessas aos espíritos nacionais, às constituições não escritas que são as
tradições integrais das nações; do destronamento de Cristo e da entronização do
dinheiro, do número e da máquina.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ninguém
representa melhor o século XIX do que Karl Marx, o eterno burguês, defensor do
materialismo absoluto, que acreditou como poucos nos mitos do cientificismo, do
tecnicismo e do progresso indefinido, tudo explicou pelo fator econômico, e foi
um homem profundamente racista e etnocêntrico e um apologista do imperialismo,
do mesmo imperialismo que seus discípulos, a partir de Lênin, tanto
condenariam, a despeito de praticá-lo com impressionante brutalidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">As
concepções de Marx são, como ressalta Giovanni Gentile, concepções
rigorosamente econômicas e materialistas para as quais "tudo aquilo que é
humano é econômico, e ninguém tem o direito à existência se não é [economicamente]
útil" [2], não atentando para o fato de que o fator "econômico não é
humanidade, mas instrumento do homem", sendo útil tão somente enquanto
serve a este [3]. Com efeito, como aduz Carl Schmitt, em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O conceito do político</i>, o sistema marxista é um sistema antes de
tudo econômico, intentando pensar economicamente e permanecendo, por
conseguinte, "no século XIX, o qual é essencialmente econômico" [4].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nascido
Moses Kiessel Mordechai Levi Marx a 5 de maio de 1818 na bucólica cidade renana
de Trier, também conhecida como Trèves, seu nome francês, o futuro criador do
socialismo "científico" era descendente, tanto pelo lado materno
quanto pelo paterno, de importantes rabinos e talmudistas. Seu pai, o advogado
Hirschel Marx, se converteria ao protestantismo, juntamente com toda a família,
exceto a esposa, em 1824, mudando o nome para Heinrich em virtude das
restrições então impostas aos não protestantes em geral e aos judeus em
particular no Estado prussiano. Este, que anexara a católica Renânia após o Congresso
de Viena, em 1815, reservava os cargos públicos aos protestantes, sendo que o
pai de Marx era advogado do Estado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Criado
na Igreja Evangélica Prussiana, de orientação luterana, e ateu desde a
juventude, após uma fase em que aparentou ser um cristão fervoroso, Karl
Heinrich Marx, nome que recebeu ao ser batizado, foi, porém, como observa o
intelectual anarquista judeu Bernard Lazare, "um talmudista lúcido e claro
a quem as minúcias da prática não traziam qualquer embaraço. Um talmudista que se
devotou à sociologia e aplicou as suas qualidades de exegeta à crítica da
economia política animado pelo antigo materialismo hebraico" [5].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Marx
foi o criador de uma ideologia essencialmente burguesa e somente compreensível
enquanto fruto da árvore da burguesia, ideologia inautêntica que subsiste
graças tão somente a seu caráter religioso [6]. Neste sentido, preleciona
Heraldo Barbuy em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Marxismo e Religião</i>:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">"Dentre
as afirmações do marxismo, algumas são inverificáveis; outras, puderam ser
confrontadas com a experiência e foram pela experiência refutadas. Mas no
marxismo, tanto as proposições inverificáveis, quanto as que foram refutadas
pela experiência, funcionam como um sistema religioso. As críticas racionais e
a contestação do marxismo pelos fatos, têm sido completamente inúteis em face
da eficiência que o sistema tira de seu caráter religioso" [7].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ao
contrário dos sistemas científicos, que perdem a vigência a partir do momento
em que deixam de coincidir com a realidade, "os grandes credos coletivos
não vivem", como observa o autor de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O
problema do Ser</i>, "pela força de suas supostas verdades ou erros
científicos, e sim pela fé que despertam" [8].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Como
diria Guerreiro Ramos, em artigo publicado no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Jornal do Brasil</i> a 25 de novembro de 1979, o marxismo é "um culto
popular", que "não é teoria nem ciência". O marxismo, afirma o
sociólogo baiano, "é a mais influente força obscurantista da história
contemporânea, que dificulta o esforço de ordenamento da vida nacional e
internacional. Nos chamados regimes socialistas, onde o marxismo prevalece como
ortodoxia, reina o obscurantismo e a chatice" [9].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O
autoproclamado socialismo "científico", aliás cem vezes mais utópico
do que o socialismo a que os marxistas denominam "utópico", é uma
religião inautêntica que tem em Marx o seu profeta, em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Capital</i> e no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Manifesto
Comunista</i> seus livros sagrados, no proletariado seu "povo eleito"
e no comunismo seu paraíso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Também
é uma religião o bolchevismo, como, aliás, bem notou Plínio Salgado, que, em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O sofrimento universal</i>, sublinhou que a
luta que este abrira contra as religiões no país dos sovietes fora "um
movimento ao qual podemos denominar sem receio de erro: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">o grande movimento religioso da Rússia</i>" [10].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O
caráter religioso do bolchevismo, ainda mais pronunciado que o do próprio
marxismo, se dá sobre tudo em razão da influência que este recebeu do espírito
profundamente místico da Santa Rússia e de seu povo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Isto
posto, insta ressaltar que o bolchevismo constitui, em diversos aspectos, -
como o voluntarismo, o antiimperialismo e a ideia de que o partido comunista se
constituiria na vanguarda do proletariado, incapaz de fazer a
"revolução" por si próprio - a própria negação das ideias de Marx, um
determinista que acreditava que a massa faria a "revolução" por si
mesma no momento em que chegasse ao limite a exploração capitalista e, além
disso, um defensor do colonialismo. Além do mais, o bolchevismo, ideologia em
que se pode sentir algo do cheiro da terra da pátria de Ivã, o Terrível, e de
Pedro, o Grande, bem como do sangue e do suor de seu sofrido povo, foi, em
diversos momentos, usado como mero instrumento do expansionismo russo, do mesmo
expansionismo que Marx – homem profundamente russófobo – tanto temia e
condenava. Por ironia do destino, o nome do pensador antipan-eslavista e
antitsarista de Trier serviu de bandeira de luta para os tsares vermelhos do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Kremlin</i>, que, em nome do socialismo
"científico", praticaram a política pan-eslavista e perseguiram o
sonho de realizar, por meio da III Internacional, o antigo mito da Terceira
Roma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nietzsche
viu no Cristianismo uma religião de escravos alicerçada no ressentimento, na
inveja e no ódio por tudo aquilo que é grande e belo. Nós, por nossa vez,
consideramos – da mesma forma que Max Scheler [11]– que o magno poeta-filósofo
de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Assim falava Zaratustra</i> jamais
compreendeu o verdadeiro sentido do Cristianismo, que é, com efeito,
praticamente o contrário daquilo que julgava ser. Ou melhor, cremos que em
certos momentos o profeta do Super-Homem até compreendeu, ainda que não
integralmente, a mensagem de Cristo, julgando, porém, que ela houvesse sido
deturpada por Paulo, a quem se referia como "o ódio de chandala encarnado,
feito gênio, contra Roma, contra 'o mundo'", "o judeu, o eterno judeu
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">par excellence</i>" [12].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Isto
posto, afirmamos que tudo aquilo que o autor de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O anticristo</i> e de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A
genealogia da moral</i> escreveu contra o Cristianismo, ou contra aquilo a que
denominava "cristianismo de Paulo", cai como uma luva para a fé
antinatural criada por Marx, o eterno burguês, que se baseia no ódio de morte a
tudo aquilo que é superior e nobre.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Marx
e Nietzsche partiram ambos da dialética senhor-escravo. O autor de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A ideologia alemã</i> defendeu os escravos e
seu modelo de Homem é o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">homo oeconomicus</i>,
o mesmo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">homo oeconomicus</i> de seus
mestres liberais Adam Smith e David Ricardo. Já o autor de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Vontade de poder</i> defendeu os senhores e, inspirado no
"Único" de Stirner e no "Homem do Futuro" de Wagner,
engendrou o Super-Homem, o Além do Homem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Marx
teve o mérito de apontar os erros e mazelas do capitalismo, este desumano
sistema que engendrou a luta de classes, mercantilizou a propriedade e
dessacralizou o Mundo, o transformando em um vasto mercado dominado pelo poder
nefasto do dinheiro e que contém em si os germes da própria destruição. O autor
de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Capital</i> diagnosticou bem as
doenças do Mundo Contemporâneo, mas o remédio que prescreveu para combatê-las
causou mais males à Sociedade do que elas próprias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nietzsche,
por seu turno, teve o mérito de combater o liberalismo, o coletivismo, o
cientificismo, o comodismo e a ditadura do ouro, do número e da máquina, ou, em
uma palavra, a civilização burguesa. Errou, porém, ao lutar contra o Cristianismo
e divinizar o Homem. O sistema por ele criado é, da mesma forma que o marxista,
uma religião: a religião do Super-Homem, do Eterno Retorno, da Vontade de Poder
e da transmutação de todos os valores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Tanto
Marx quanto Nietzsche foram homens extremamente egocêntricos. O primeiro foi
definido pelo poeta Heinrich Heine como um "deus ateu de si mesmo"
[13] e nada é preciso dizer sobre o segundo, autor de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ecce Homo</i>, verdadeiro monumento de egolatria escrito quando já se
manifestavam claramente os sinais da demência que o destruiria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Plínio
Salgado, em alusão ao épico germânico medieval <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nibelungenlied</i> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Canção dos
Nibelungos</i>), principal das fontes que inspiraram Wagner a compor a
monumental Trilogia do Anel, observa que os homens atrofiados de Marx, meras
peças da grande máquina da Coletividade, não passam de anões de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nibelungen</i>, ao passo que os homens
hipertrofiados e divinizados de Nietzsche não são senão gigantes da montanha.
Nós, que partimos de uma visão integral do Universo e do Homem, afirma em seguida
o preclaro pensador patrício, "não queremos nem o anão, nem o gigante,
mas, apenas, o Homem", "o Homem Integral" [14].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Havendo
feito referência a Nietzsche, julgamos oportuno assinalar que foi este um
filósofo em toda a extensão de significado que tal termo comporta, ao passo que
Marx jamais passou de um pensador medíocre, consideravelmente inferior, por
exemplo, a seus rivais "esquerdistas" Proudhon, Bakunin, Dühring,
Lassale e Bruno Bauer, sem falar no seu próprio amigo Engels. O autor de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O crepúsculo dos ídolos</i> foi, ademais, um
grande poeta, sobretudo em prosa, sendo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Assim
falava Zaratustra</i> certamente o mais belo poema em prosa da Literatura
alemã, enquanto o autor da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Crítica à
Filosofia do Direito de Hegel</i> jamais passou de um poeta fracassado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Chegou
Marx a crer, com efeito, na juventude, que sua tragédia em versos, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Oulanen</i>, tornar-se-ia um novo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fausto</i> [15]. Por essa época, enviou um
poema ao <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Deutscher Musenalmanach</i> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Almanaque Alemão de Musas</i>), de Leipzig,
que não o publicou. Resolveu então presentear o pai com toda a sua coleção de
versos, mas este não apreciou muito a poesia do filho, afirmando que teria uma
grande tristeza caso o visse como um "poetastro qualquer" [16]. Em
1841, dois poemas seus foram publicados no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Athenaeum</i>,
de Berlim. Selvagens, apocalípticos e repletos de ódio, violência, vontade de
destruição e ideias macabras como pactos de suicídio e pactos com o demônio
[17], tais poemas, embora carentes de valor literário, têm importância na
medida em que neles já estão presentes vários dos princípios do credo marxista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Marx
foi um grande plagiário. Quase todos os seus ditos mais célebres foram, com
efeito, copiados de outros pensadores. De Marat, tomou as frases "Os
trabalhadores não têm pátria" e "Os proletários não têm nada a perder
senão suas correntes". De Heine, pegou a frase "A religião é o ópio
do povo". De Louis Blanc, proveio a fórmula "De cada um de acordo com
suas habilidades, a cada um de acordo com suas necessidades". De Karl
Schapper, roubou o lema "Trabalhadores de todo o Mundo, uni-vos!" e
de Blanqui a expressão "ditadura do proletariado" [18]. O próprio
Manifesto Comunista tem sido apontado, por intelectuais como Enrico Labriola,
Georg Brandes, Georges Sorel e Tcherkezichvili, como sendo quase que integralmente
um mero plágio do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Manifesto Democrático</i>
de Victor Considerant, socialista "utópico" francês. Brandes chega a
afirmar, aliás, que o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Manifesto Comunista</i>
é "praticamente uma mera tradução [do manifesto] de Victor
Considérant"[19].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Um
dos mais graves defeitos de Marx, herdado, aliás, pela absoluta maioria de seus
seguidores, é a mais completa desonestidade intelectual, que não se manifesta
tão somente nos plágios, mas também no emprego das citações em seus trabalhos.
Citemos as palavras do filósofo alemão Karl Jaspers:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">"O
estilo dos escritos [de Marx] não é o estilo da investigação, ou seja, a
constante evocação das instâncias contrárias, a procura de fatos que falam
contra a própria tese; mas esses escritos proclamam, de forma inequívoca, a
verdade agora definitiva, e só apresentam o que a confirma. Constituem um
pensamento de advogado de defesa e não um pensamento investigador, porém um
pensamento de advogado que tem a certeza da verdade perfeita não em bases
científicas, mas em virtude de fé" [20].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Em
1885, dois estudiosos de Cambridge produziram um artigo para o Clube Econômico
de Cambridge intitulado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Comentários sobre
o uso dos Livros Azuis por Karl Marx no Capítulo XV de "Le Capital"</i>.
O texto, produto de um estudo realizado com base na edição francesa revisada de
O Capital (1872-75), demonstrou que o referido texto de Marx apresenta um
desapreço quase criminoso no uso das fontes", permitindo que consideremos
quaisquer "outras partes do trabalho de Marx com suspeição". Foi
demonstrado, com efeito, que no capítulo de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O
Capital</i> em apreço, algumas citações dos Livros Azuis da Biblioteca do Museu
Britânico haviam sido "convenientemente reduzidas pela omissão de
passagens que poderiam ser levantadas contra as conclusões que Marx tentava
estabelecer". Ao mesmo tempo, Marx inseriu "citações fictícias"
em sentenças isoladas contidas em diferentes partes de um relatório, e que,
para burlar o leitor, eram colocadas "entre aspas invertidas com toda a
autoridade das citações dos próprios Livros Azuis" [21].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">No
discurso inaugural da Associação Internacional dos Trabalhadores, em 1864, Marx
adulterou criminosamente um trecho da mensagem orçamentária do Primeiro
Ministro Britânico, William Gladstone, de 1863. Gladstone dissera que
"veria quase com apreensão e dor este inebriante crescimento da riqueza e
do poderio se acreditasse que está circunscrito à classe conservadora. A
condição média do trabalhador, temos a felicidade de sabê-lo, melhorou nos
últimos vinte anos, em um grau que sabemos extraordinário e que podemos quase qualificar
como sem paralelo na história de qualquer país e de qualquer época" [22].
Marx, por seu turno, com a completa desonestidade intelectual que lhe era tão
peculiar, fez Gladstone afirmar que "este inebriante crescimento da
riqueza e do poderio está totalmente circunscrito à classe conservadora"
[23].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A
desonestidade intelectual está, contudo, muito longe de ser o único defeito de
Marx. O grande deturpador da dialética hegeliana e criador da religião ateia do
ódio, da violência e da baixeza moral que é o chamado socialismo
"científico" foi um homem profundamente cínico, mesquinho, invejoso,
interesseiro, violento, desleal e preguiçoso. Na juventude, teria portado
irregularmente armas de duelo e tomado parte em pelo menos um duelo, além de ter
passado um dia preso por desordens noturnas e embriaguez [24]. E mesmo com mais
de quarenta anos, em 1860, ao se encontrar com Bruno Bauer, em Londres, Marx,
após muito beber, pôs-se a atirar pedras nos lampiões, fugindo a toda brida
assim que viu a polícia se aproximar [25].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O
barbudo burguês de Trier jamais foi um operário ou mesmo pisou em uma fábrica e
sempre foi profundamente hostil àqueles que o haviam feito, isto é, aos
operários que adquiriam consciência política, em virtude de suas ideias
moderadas de como se chegar a uma Sociedade mais justa, totalmente avessas ao
extremismo de Marx [26].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ao
contrário do que sustentam diversos inocentes úteis, Marx, que chegou a gastar
parte substancial da herança que recebeu do pai armando trabalhadores belgas
[27], sempre foi um apologista da violência. No <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Manifesto Comunista</i>, sustentou que os objetivos dos comunistas
"só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social
existente" [28]. No ano seguinte, dirigindo-se ao governo prussiano,
disse: "Nós somos impiedosos e não pedimos clemência de vocês. Quando a
nossa vez chegar, não disfarçaremos o nosso terrorismo". Em 1850, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Plano de Ação</i> que distribuiu na Alemanha
igualmente encorajava o emprego da violência: "Longe de nos opormos aos
assim chamados excessos, aqueles exemplos de vingança popular contra indivíduos
odiados ou edifícios públicos que adquiriram odiosas memórias, nós devemos não
apenas perdoar tais exemplos, mas ainda dar a eles a nossa ajuda" [29].
Mais tarde, em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Capital</i>, defendeu
que "a violência é a parteira de toda velha sociedade que está prenhe de
uma nova" [30].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Na
luta contra os adversários políticos, Marx sempre seguiu o princípio
maquiavélico segundo o qual os fins justificariam os meios. Impossibilitado de
destruir o prestígio de Bakunin, cuja influência sobre os trabalhadores temia e
invejava profundamente, o pensador socialista, com o intuito de desmoralizar
publicamente o adversário, acusou, na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Neue
Rheinische Zeitung</i> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nova Gazeta
Renana</i>), o líder anarquista russo de ser um agente secreto da polícia
tsarista, dando como fonte documentação que segundo ele estaria em mãos da
escritora Amandine Aurore Lucile Dupin, mais conhecida pelo pseudônimo de
George Sand. Ao tomar conhecimento da calúnia contra Bakunin, George Sand,
indignada, exigiu de Marx imediata retratação e este se justificou afirmando
que assim procedia "para defender o movimento socialista dos governos
capitalistas" [31].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Com
efeito, podemos afirmar, com Paul Johnson, que toda e qualquer coisa que
aconteceu na União Soviética sob o regime de Stálin já estava prefigurada quase
cem anos antes no comportamento de Marx [32]. Afirmamos, aliás, que a única
diferença existente entre o "Guia Genial dos Povos" e o místico ateu
de Trier reside no fato de que o primeiro chegou ao poder, se transformando no
Tsar ou Cã Vermelho, ao passo que seu mestre jamais chegou sequer perto disso.
E a mesma comparação poderíamos fazer entre Marx e Mao Zedong, o "Grande
Timoneiro" da "Revolução" (anti)Chinesa, o Imperador Vermelho
que fuzilou milhões na "Revolução" (anti)Cultural e matou ainda mais
de fome durante o "Grande salto para a frente", que deveria ter se
chamado "Grande salto para trás".<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nenhuma
vítima de Marx foi, porém, maior do que a própria família. Dos seis filhos que
teve com a esposa, Johanna "Jenny" von Westphalen, três morreram
ainda na primeira infância, vítimas do estado de penúria a que foram submetidos
por conta da leviandade e irresponsabilidade do pai, e dois outros - as filhas
Eleanor e Jenny Laura – se suicidaram em 1898 e 1911, respectivamente. A outra
filha, a jornalista Jenny Caroline, morrera, ao que parece vítima de câncer, em
janeiro de 1883.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O
último dos filhos de Marx a morrer foi Frederick "Freddie" Demuth,
produto da relação extraconjugal do pensador "alemão" com a criada
Helena "Lenschen" Demuth (que nunca recebeu um centavo de Marx) e
cuja paternidade fora assumida por Engels para evitar um escândalo.
"Freddie", que nasceu em 1851 e faleceu em 1929, só viu Marx uma
única vez em sua vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Em
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">A questão judaica</i> (1844), Marx
afirma:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">"Qual
é o fundamento secular do judaísmo: A necessidade <i style="mso-bidi-font-style: normal;">prática</i>, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">interesse egoísta</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Qual
é o culto secular praticado pelo judeu? A <i style="mso-bidi-font-style: normal;">usura</i>.
Qual o seu Deus secular? O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">dinheiro</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pois
bem, a emancipação da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">usura</i> e do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">dinheiro</i>, isto é, do judaísmo prático,
real, seria a autoemancipação de nossa época.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">(...)
A <i style="mso-bidi-font-style: normal;">emancipação dos judeus</i> é, em última
análise, a emancipação da humanidade do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">judaísmo</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">(...)
O judeu se emancipou à maneira judaica não só ao apropriar-se do poder do
dinheiro como também, porque o dinheiro se converteu, através dele e à sua
revelia, numa potência universal, e o espírito prático dos judeus no espírito
prático dos povos cristãos. Os judeus se emanciparam na medida em que os
cristãos se fizeram judeus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">(...)
Qual era o fundamento da religião hebraica? A necessidade prática, o egoísmo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">(...)
O Deus da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">necessidade prática</i> e do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">egoísmo</i> é o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">dinheiro</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O
dinheiro é o Deus zeloso de Israel, diante do qual não pode prevalecer outro
Deus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">(...)
O Deus dos judeus se secularizou, converteu-se em Deus universal. A letra de
câmbio é o Deus real dos judeus" [33].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O
autor dos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Manuscritos
econômico-filosóficos</i>, porém, jamais pode se emancipar do "Deus zeloso
de Israel", que, segundo ele, se converteu, por meio da ação dos judeus,
no "Deus universal" da sociedade burguesa. Suas egoísticas cartas à
família e a Engels estão repletas, com efeito, de pedidos de dinheiro. Uma
delas, escrita a Engels em princípios do ano de 1863, quando este perdeu Mary,
sua companheira, quase pôs termo à amizade que unia os dois criadores do
socialismo "científico".<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Na
referida carta, Marx dizia que ficara surpreendido e transtornado com o
falecimento de Mary, que lembrava ser uma pessoa muito boa, de "humor
sereno" e apegada ao amigo, mas logo em seguida passava egoisticamente a
ocupar Engels com suas dificuldades econômicas. E assim concluía a carta:
"De certo, sou horrivelmente egoísta contando-lhe minhas dificuldades em
tal circunstância. Mas o remédio é homeopático; um mal expulsa o outro. E, afinal
de contas, que posso fazer? Não poderia ter morrido, em lugar de tua Mary,
minha mãe, que anda mal de saúde e já viveu bastante? Veja, a que pensamentos
extravagantes chegam os homens, ditos civilizados, quando são oprimidos por
certas circunstâncias" [34].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Engels
sentiu-se bastante mal ao ler a carta de Marx, especialmente em virtude de
haver recebido, após o falecimento de Mary, a afetuosa solicitude de diversos
amigos dos quais não esperava tanto. E assim escreveu a Marx: "Você achou
que esse momento era oportuno para fazer prevalecer seu gélido modo de
pensar" [35].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Alguns
dias mais tarde, Marx escreveu a Engels procurando se justificar e demonstrar
arrependimento e então o autor de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A
origem da família, da propriedade privada e do Estado</i> o perdoou, de modo
que as relações entre os dois coautores do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Manifesto
Comunista</i> voltaram a ser aquelas de sempre [36].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Foi
em nome dos ideais de Karl Marx que uma minoria organizada de agitadores fez a
"Revolução" (anti)Russa de 1917, bem como todas as demais
"revoluções" ditas socialistas do século XX, responsáveis pelo
extermínio de mais de cem milhões de pessoas, vítimas dos fuzilamentos, das
torturas, da fome e das doenças provocadas pela miséria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Fora
em nome das ideias de Jean-Jacques Rousseau que outra minoria de agitadores
profissionais fizera a "Revolução" (anti)Francesa de 1789, que em
poucos anos foi responsável pela execução de dezenas de milhares de pessoas,
sem contar as vítimas das guerras civis e da chamada "Guerra Revolucionária",
por ela provocadas, enquanto a tão demonizada Inquisição Espanhola em trezentos
e trinta anos matou, segundo os mais insuspeitos historiadores, cerca de três
mil pessoas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Além
de terem sido os principais inspiradores dos dois mais nefandos levantes contra
a Tradição e a Ordem Natural das últimas centúrias, Rousseau e Marx têm mais
semelhanças do que se imagina. Como frisa Henri de Man, a influência do autor
de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Do contrato social</i> sobrevivia em
Marx muito mais do que este admitia [37].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Consoante
aduz o filósofo russo Nikolai Berdiaeff, "ao mito democrático do povo
soberano, criado por Jean-Jacques Rousseau, Karl Marx opõe o mito socialista do
proletariado, classe messiânica, também intérprete da vontade geral, destinada
a libertar e a salvar a humanidade". A despeito de se revestir de um
caráter "manifestamente mitológico" e de se constituir em uma
"sobrevivência inconsciente da visão israelita do povo eleito por
Deus", a teoria marxista da luta de classes está um pouco menos distante
da realidade do que a teoria de Rousseau, que imagina "uma vontade geral,
infalível e soberana do povo na democracia. Esta infalibilidade, Marx
transmite-a do povo soberano ao proletariado – mas, em verdade, nem num nem
noutro ela existe" [38].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Felizmente,
Oswald Spengler está certo: "Há já bastante tempo que Rousseau está
esquecido. Marx o será em breve" [39].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Não
podemos encerrar o presente artigo sem abordar, ainda que sucintamente, a
questão do racismo de Marx, bem como sua defesa do colonialismo europeu e
estadunidense do Norte, produto da visão profundamente eurocêntrica do poeta
fracassado de Trier.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A
15 de fevereiro de 1849, Marx publicou, na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Neue
Rheinische Zeitung</i>, um artigo defendendo a agressão imperialista dos
Estados Unidos da América contra o México, enaltecendo os estadunidenses do
Norte como representantes da civilização e do progresso e atacando Bakunin,
defensor dos mexicanos, por seu sentimento humanitarista. Acentuando o
dinamismo da nação da bandeira das treze listras, Marx sustentou que não
constituíra nenhum desastre o fato de "a bela Califórnia" haver sido
"arrancada das mãos dos preguiçosos mexicanos". "A independência
de alguns californianos pode sofrer com isso, a justiça e outros princípios
morais podem ser feridos – mas isto conta, diante de tais realidades que são o
domínio da história universal?", se indagava o amoral criador do marxismo
[40].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Em
25 de junho de 1853, em célebre artigo publicado no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">New York Daily Tribune</i>, Marx, dentro da visão eurocêntrica que lhe
era tão peculiar, atacou virulentamente a cultura, a religião e a estrutura
social da Índia, considerada um exemplo sólido daquilo a que denominava
"despotismo oriental". O artigo, que trata a rica e profunda
civilização indiana como bárbara e selvagem, contém o elogio do colonialismo
britânico, "instrumento inconsciente da história" ao provocar a
"revolução" que, segundo ele, fizera ruir o edifício da sociedade
indiana [41]. Não é necessário dizer que tal juízo estava totalmente
equivocado, já que o edifício da sociedade indiana ainda está de pé e a maior
parte dos indianos permanece fiel às origens. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Em
outro artigo publicado no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">New York Daily
Tribune</i>, este a 8 de agosto do mesmo ano, Marx afirmou que a Índia não
tinha História. "O que chamamos história não é senão a crônica de
invasores sucessivos que fundaram impérios na base dessa sociedade imutável e
não resistente". É o Ocidente, para o místico ateu e burguês de Trier,
quem deve introduzir a História na Índia [42].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ora,
a sociedade indiana, que nada tem de não resistente, tanto que, invadida por
diversos povos, sempre conseguiu se manter fiel às suas tradições, somente não
teria História caso a História fosse, como na absurda visão marxista, a
história da luta de classes, já que a sociedade indiana, fiel aos preceitos do
Hinduísmo, jamais conheceu tal aberração.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Isto
posto, não podemos deixar de destacar o nosso integral repúdio à ignorância de
Marx em face da civilização indiana, uma das mais antigas e importantes da
História, que produziu joias como os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Vedas</i>,
os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Upanishad</i>s, os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Puranas</i>, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Bhagavad Gita</i>, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mahabharata</i>
e o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Código de Manu</i>, sem falar em
todas as invenções, incluindo o número zero e os chamados numerais
indo-arábicos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A
civilização que Marx mais atacou, porém, não foi a indiana, mas sim a russa,
pela qual o falso profeta de Trier alimentava ódio verdadeiramente irracional,
que, como frisa Meira Penna, não se encontra somente em sua concepção de um
modo de produção particular, o denominado "despotismo oriental", que
escaparia totalmente às leis da dialética determinista, dividida em três fases:
feudalismo, capitalismo e socialismo. Esse modo de produção tornaria a Rússia,
bem como a China, a Índia e outros países, "imune à ação das forças que
conduzem, pela própria dialética das 'leis férreas da História', ao triunfo
futuro do comunismo" [43].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Para
Marx, o russo era "o bárbaro das margens gélidas do Neva" e a Rússia,
o "bizantinismo mais terrível e mais bárbaro que há", um país em que,
como ressalta em sua propositalmente olvidada obra <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A questão do Oriente</i>, "por sua tradição, suas instituições e
sua situação é semiasiático". A Rússia é, para o intelectual apátrida de
Trier, "a barbárie russo-mongol em nome da qual os pan-eslavistas se
preparam para sacrificar oito séculos de participação efetiva à
civilização" [44].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Em
1848, em artigo publicado na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Neue
Rheinische Zeitung</i>, Marx pregou a "guerra revolucionária" contra
a Rússia, que, segundo ele, deveria "virilizar" o povo alemão e
permitir-lhe expandir para o Leste a sua civilização em um sacrifício
libertador. "Às frases sentimentais que se nos oferecem em nome das nações
contrarrevolucionárias da Europa, respondemos: o ódio aos russos foi e
permanece a primeira paixão revolucionária dos alemães... Salvaguardaremos a
revolução por um terrorismo decidido em relação a esses povos eslavos".
"Sabemos agora", acrescentava ele, "onde estão os inimigos da
revolução: na Rússia e nos países eslavos da Áustria" [45].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nas
páginas que escreveu sobre a Rússia, tanto em livros quanto em jornais, Marx
sempre atacou virulentamente o país dos tsares, sustentando que este tinha
origens bizantinas e tártaras e que estavam em Gêngis Cã e na Horda de Ouro as
origens do poder e do expansionismo do Kremlin. Em sua pouco conhecida obra <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A Rússia e a Europa – Revelações sobre a
história diplomática do século XVIII</i> (1857), livro profundamente antirrusso
em que defendeu a tese de que a Inglaterra estava por trás da transformação da
Rússia em potência mundial, Marx afirma:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">"É
na lama sangrenta da escravidão mongol e não na rude glória da época normanda
que nasceu a Moscóvia, da qual a Rússia moderna é apenas a metamorfose"
[46]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Curioso
é saber que Marx – que em suas páginas sobre a Rússia, cheias do mais
apaixonado ódio e onde sustenta princípios tão estranhos às suas teorias
materialistas quanto a defesa da Civilização Ocidental – acreditava fielmente
na absurda lenda do testamento de Pedro, o Grande, programa apócrifo que o
fundador de São Petersburgo haveria deixado a seus sucessores para a conquista
do Mundo [47].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Como
dissemos há pouco, o nome de Marx, por ironia do destino, se transformou em
bandeira de luta dos seus mais odiados inimigos, justificando a política
expansionista russa que ele tanto combatera. Isto se torna, aliás, mais grave
caso concordemos com o juízo de alguns no sentido de que a
"Revolução" (anti)Russa de 1917 foi o triunfo da Rússia tártara
contra a Rússia europeizada, a vingança de Kazan contra a Moscóvia, ou, a
exemplo de Spengler, julguemos que na Rússia de 1917 rebentaram duas
"revoluções", a "branca" e ocidentalizada e a "de
cor", representante do "bolchevismo asiático" e que, sob o
regime de Stálin, teria suplantado a primeira [48].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Julgamos
oportuno concluir esta breve exposição a respeito do racismo e do eurocentrismo
de Marx, citando um trecho de uma das diversas cartas suas que contêm passagens
extremamente racistas. Esta carta, escrita a Engels em 30 de julho de 1862, é
talvez a mais célebre e reveladora de todas. Nela, se referindo ao líder
socialista Ferdinand Lassale, Marx escreveu:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">"Está
completamente claro para mim agora que ele, como é provado por sua formação
cranial e seu nariz, descende de negros do Egito (supondo-se que sua mãe ou avó
não tenha cruzado com um negro). Agora esta união de Judaísmo e Germanismo com
uma substância negra básica deve produzir um produto peculiar. A impertinência
do camarada é também própria de Crioulo" [49].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Somos
contra Marx porque, assim como Giovanni Gentile, "somos contra o
liberalismo que ele combatia, mas de cujo espírito se pode dizer que ele foi o
mais franco, o mais lógico representante" [50].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Marx,
que, no plano econômico, foi discípulo de Adam Smith, do banqueiro judeu David
Ricardo e dos fisiocratas franceses, acreditou combater a burguesia, mas na
verdade nunca se libertou do espírito burguês dominante em seu tempo. E, aliás,
caso estivesse certa a sua tese no sentido de que "a natureza dos
indivíduos depende das condições materiais que determinam sua produção"
[51], isto é, da classe social a que pertencem, ele seria burguês, e, por
conseguinte, seu ideário seria também burguês.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Marx
está morto. O marxismo, religião nascida do liberalismo e da civilização
burguesa, fruto do século XIX e somente compreensível enquanto tal, está morto
desde que a Humanidade ultrapassou a época do tear mecânico e dos lampiões de
gás. É somente em certos países da África e da Ásia e na denominada América
Latina que Marx e seu nefando credo ainda são levados a sério pelos
intelectuais. Vinte anos após a queda do Muro de Berlim, marco da ruína, na
Europa, do sistema que mais matou e oprimiu na História, promovendo a igualdade
entre os Homens tão somente na escravidão, ainda carregamos o cadáver putrefato
desta ideologia espúria, baseada nos mais baixos instintos do Homem e destinada
a permanecer para sempre na latrina da História.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Seremos
verdadeiramente grandes apenas quando nos livrarmos de tal cadáver, o que se
dará tão somente quando erradicarmos as fontes do marxismo, que são o espírito
burguês e o sentimento de revolta dos injustiçados pelos desmandos do desumano
sistema capitalista. Seremos verdadeiramente grandes quando fizermos triunfar o
Espírito da Nobreza, restaurando o Primado da Tradição e, ao mesmo tempo,
substituirmos o atual sistema político, econômico e social por outro mais
justo, solidário e fraterno, que sirva à Pessoa Humana e não seja servido por
ela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">NOTAS:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1] Sobre o mito do
progresso: BARBUY, Heraldo. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O mito do
progresso</i>. In BARBUY, Heraldo. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O
problema do Ser e outros ensaios</i>. São Paulo: Convívio/ EDUSP, 1984, pp.
101-118.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2] GENTILE, Giovanni. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Economia ed etica</i>. In GENTILE, Giovanni.
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Memorie italiane e problemi della
filosofia della vita</i>. Florença: G. C. Sansoni – Editore, 1936-XIV, p. 285.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3] Idem, p. 287.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[4] SCHMITT, Carl. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O conceito do político - Teoria do partisan</i>.
Trad. de Geraldo de Carvalho. 1ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2008, p. 91.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5] LAZARE, Bernard. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Antisemitism – It's History and Causes</i>.
Lincoln: University of Nebraska Press, 1995, p. 157.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[6] Sobre o caráter
religioso do marxismo: BARBUY, Heraldo. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Marxismo
e Religião</i>. 2ª ed. São Paulo: Editora Convívio, 1977; BERDIAEFF, Nicolas. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O marxismo e a religião</i>. Prefácio e
trad. de Duarte de Montalegre. Coimbra: Mensagem, 1948.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[7] BARBUY, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Heraldo. Marxismo e Religião</i>, cit., p.
15.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[8] Idem, loc. cit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[9] RAMOS, Guerreiro,
apud DOREA, Gumercindo Rocha. Posfácio. In SALGADO, Plínio. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Manifesto de Outubro de 1932</i> (Edição do
Cinquentenário). São Paulo: Editora Voz do Oeste, 1982, p. 72.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[10] SALGADO, Plínio. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O sofrimento universal</i>. 3ª ed. Rio de
Janeiro: Livraria José Olympio Editora, p. 28.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[11] SCHELER, Max. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Das Ressentiment im Aufbau der Moralen</i>.
Frankfurt am Main: Klostermann, 1978.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[12] NIETZSCHE,
Friedrich. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Der Antichrist</i>. In <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nietzsche Werke</i>, v. 13.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ed. por Giorgio Colli e
Mazzino Montinari. Berlim, Nova Iorque: Walter de Gruyter, 1969, p. 244.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[13] Citamos de
memória.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[14] SALGADO, Plínio. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A Quarta Humanidade</i>. 1ª ed. Rio de
Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1934, p. 109.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[15] , Paul. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Intellectuals</i>. Nova Iorque: Harpers
Perennial, 1990, p. 54.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[16] CHIERICATI,
Cesare. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Marx</i>. São Paulo: Edições
Melhoramentos, 1975, p. 7.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[17] JOHNSON, Paul. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Intellectuals</i>, cit., loc. cit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[18] Idem, p. 53.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[19] BRANDES, Georg. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ferdinand Lassale</i>. Nova Iorque: Bernard
G. Richards, 1925, p. 115.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[20] JASPERS, Karl. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Razão e anti-razão em nosso tempo</i>. Trad.
de Álvaro Vieira Pinto. Disponível em: http://www.filoinfo.bem-vindo.net/filosofia/modules/smartsection/item.php?itemid=53.
Acesso em 12 de novembro de 2009.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[21] JOHNSON, Paul. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Intellectuals</i>, cit., p. 67.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[22] GLADSTONE,
William, apud JOHNSON, Paul. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Intellectuals</i>,
cit., p. 66.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[23] MARX, Karl, apud
JOHNSON, Paul. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Intellectuals</i>, cit.,
p. 67.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[24] CHIERICATI,
Cesare. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Marx</i>, cit., p. 7.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[25] Idem, p. 14.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[26] JOHNSON, Paul. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Intellectuals</i>, cit., p. 60.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[27] Idem, p. 74.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[28] MARX, Karl e
ENGELS, Friedrich. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Manifesto do Partido
Comunista</i>. 5ª ed. Rio de Janeiro: Vitória, 1963, p. 62.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[29] MARX, Karl, apud
JOHNSON, Paul. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Intellectuals</i>, cit.,
p. 71.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[30] MARX, Karl. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O capital</i>. II vol. São Paulo: Nova
Cultural (Col. Os Economistas), 1985, p. 286.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[31] Cf. PONTES, Ipojuca.
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sobre a moralidade de Karl Marx</i>. In <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Jornal da Tarde</i>, São Paulo, 20/10/2001.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[32] JOHNSON, Paul. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Intellectuals</i>, cit., loc. cit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[33] MARX, Karl. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A questão judaica</i>. Trad. e apres. de
Wladimir Gomide. Rio de Janeiro: Achiamé, s/d, pp. 41-43.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[34] MARX, Karl, apud
CHIERICATI, Cesare. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Marx</i>, cit., p.
63.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[35] ENGELS, Friedrich,
apud CHIERICATI, Cesare. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Marx</i>,
cit.,loc. cit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[36] Cf. CHIERICATI,
Cesare. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Marx</i>, cit.,loc. cit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[37] MAN, Henri de. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Le Socialisme constructif</i>. Trad.
francesa de L. C. Herbert. Paris:Éditions Alcan, 1933, p. 43.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[38] BERDIAEFF,
Nicolas. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Le Christianisme et la lutte des
classes</i>.Trad. francesa de I. P. H. M. Paris: Éds. Demais, 1932, pp. 30-31.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[39] SPENGLER, Oswald. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">La decadencia de Occidente: Bosquejo de una
morfología de la Historia Universal</i>. Trad. espanhola de Manuel G. Morente.
Buenos Aires, México: Espasa-Calpe Argentina S.A., 1952, Tomo II, p. 588.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[40] Marx, Karl, apud
PONTES, Ipojuca. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sobre a moralidade de
Karl Marx</i>, cit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[41] MARX, Karl, apud
PENNA, J. O. de Meira. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A ideologia do
século XX</i>. 2ª ed. São Paulo: IL/ Nordica, 1994, pp. 191-192<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[42] MARX, Karl, apud
PENNA, J. O. de Meira. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A ideologia do
século XX</i>, cit., p. 193.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[43] PENNA, J. O. de
Meira. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A ideologia do século XX</i>,
cit., p. 183.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[44] MARX, Karl, apud ,
J. O. de Meira. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A ideologia do século XX</i>,
cit., p. 185.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[45] MARX, Karl, apud ,
J. O. de Meira. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A ideologia do século XX</i>,
cit., p. 187.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[46] MARX, Karl, apud ,
J. O. de Meira. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A ideologia do século XX</i>,
cit., p. 189.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[47] PENNA, J. O. de
Meira. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A ideologia do século XX</i>,
cit., p. 188.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[48] SPENGLER, Oswald. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Anos de decisão</i>. Trad. Herbert Caro.
Porto Alegre: Edições Meridiano, 1941, pp. 184-185.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[49] MARX, Karl, apud
WHEEN, Francis. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Karl Marx</i>. Trad. de
Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 58.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[50] GENTILE, Giovanni.
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Economia ed etica</i>, cit., p. 293.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">[51] Citamos de
memória.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Publicado originalmente
em 22 de Novembro de 2009.<o:p></o:p></span></p>Sérgio de Vasconcelloshttp://www.blogger.com/profile/03178265624590551381noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2783681332941315787.post-50391338859946293292023-02-20T16:08:00.000-03:002023-02-20T16:08:07.259-03:00O Comunismo, de Plínio Salgado<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="font-size: medium;">O COMUNISMO<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="font-size: medium;">Plínio Salgado<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="font-size: medium;">Temos de encarar o Comunismo,
mais sob o aspecto psicológico do que econômico. É certo que Karl Marx colocou
o problema social nos quadros da Economia, aceitando as doutrinas dos
fisiocratas e dos liberais, principalmente as de Adam Smith e de Ricardo, das
quais se dizia continuador. Mas o fundamento do marxismo está no materialismo
histórico, o qual, adaptado à dinâmica hegeliana, produziu o materialismo
dialético. Nessa confluência do materialismo inglês com o idealismo alemão se
encontra a fonte da mística revolucionária dos marxistas. Posteriormente, Lenine
— grande gênio político do começo deste século — inovou o marxismo, adotando
métodos que, no fundo, se contrapunham ao determinismo materialista, flagrante
no pensamento da economia liberal e patente na própria dialética de Hegel, que
não é mais do que a aplicação do determinismo ao processo de formação das
ideias, porquanto os métodos leninescos consagravam o livre-arbítrio, ou a
interferência do Homem nos fatos, para a precipitação do ritmo da destruição do
capitalismo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="font-size: medium;">Não se pode negar que a crítica
de Marx ao sistema capitalista é absolutamente correta. O que se não pode
aceitar são as conclusões do comunismo, rigorosamente subordinado aos próprios
conceitos do capitalismo, que também é uma forma de materialismo, revestido dos
aspectos do agnosticismo utilitarista ou pragmatista.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="font-size: medium;">Para combatermos o capitalismo,
não podemos aceitar suas teses fundamentais, sua amoralidade, que o comunismo
aceita. Temos de nos opor ao espírito burguês com a bandeira do espiritualismo.
Nestas condições, cumpre-nos lutar contra o comunismo como uma das formas do
capitalismo, pois o seu objetivo não é outro senão substituir a plutocracia
pela burocracia, ambas detendo os meios de produção e escravizando os homens.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="font-size: medium;">Nosso combate ao comunismo não
deve, entretanto, se efetivar por meio de violência de medidas policiais.
Existe um estado psicológico nos comunistas, que deve ser considerado como
expressão de um conceito de vida. É uma enfermidade do espírito. Consequentemente,
devemo-nos esforçar por curá-la, opondo doutrina contra doutrina. Uma ideia só se
combate com outra ideia. Em nome de que a burguesia capitalista pretende
combater o comunismo? Que oferece ela às massas populares, senão compensações
materiais, quando os homens estão desesperados pela ausência do Espírito? Não
existem pobres anticomunistas e ricos comunistas?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="font-size: medium;">O Integralismo vai às raízes
profundas do mal, que se encontram no mundo capitalista, no seu materialismo,
na sua preocupação exclusiva dos lucros, na sua voluptuosa ostentação. Essa
mentalidade de azinhavre é até vanguardeira de nossas relações diplomáticas com
a Rússia Soviética e estipendia organizações comunistas a fim de que propugnem
por um falso nacionalismo, que favorece certos trustes contra outros, em
prejuízo do povo e da nossa nação.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="font-size: medium;">Combater o comunismo sem combater
o capitalismo é ferir apenas uma das faces do problema. Se o comunismo é a
supressão da liberdade e da dignidade humanas, o capitalismo é o caminho que a
ele nos leva. Somente uma concepção espiritualista e cristã da vida pode nos
fazer paladinos na luta contra o monstro de duas cabeças, que se serve de
nossas debilidades dominando um pelas negociatas desmoralizadoras e o outro
pela infiltração nas classes intelectuais, nos partidos e nos governos, como é
notório.</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Trecho de Discurso proferido por
Plínio Salgado na Câmara Federal, em Brasília, em 06 de Abril de 1962.<o:p></o:p></span></p>Sérgio de Vasconcelloshttp://www.blogger.com/profile/03178265624590551381noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2783681332941315787.post-48828085608189387402012-03-04T14:13:00.001-03:002012-03-04T14:13:39.433-03:00Quarto Congresso Nacional do Integralismo: SUCESSO!Realizado com absoluto sucesso o IV Congresso Nacional da Frente Integralista Brasileira: <a href="http://osigmareluzente.blogspot.com/2012/02/realizado-com-sucesso-o-iv-congresso.htm">http://osigmareluzente.blogspot.com/2012/02/realizado-com-sucesso-o-iv-congresso.htm</a>Sérgio de Vasconcelloshttp://www.blogger.com/profile/03178265624590551381noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2783681332941315787.post-61720040996152032792011-12-07T07:16:00.000-02:002011-12-07T07:16:00.606-02:00Quarto Congresso Nacional do Integralismo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOKv1wBygBtO5Kqb15ouNC_JVcooaq1FflCj5lx1rXaAkhjIbIr5eb6g6dP7oAIaqN55u4wEJwnrQMfbVYKWdbioRN2B_yFZIetfZuSt1TbpsftdfGbFUkoIAwUnp5DilFR7lvskJX-fY/s1600/Congresso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOKv1wBygBtO5Kqb15ouNC_JVcooaq1FflCj5lx1rXaAkhjIbIr5eb6g6dP7oAIaqN55u4wEJwnrQMfbVYKWdbioRN2B_yFZIetfZuSt1TbpsftdfGbFUkoIAwUnp5DilFR7lvskJX-fY/s320/Congresso.jpg" width="226" /></a></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">As inscrições para o IV Congresso Nacional já estão abertas, para participar do evento realize sua inscrição através do formulário disponível no link abaixo: </span></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><a href="http://bit.ly/vuDll2" style="color: #249fa3; text-decoration: none;">http://bit.ly/vuDll2</a></span></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Participem!</span></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Pelo Bem do Brasil!</span></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Anauê!</span></div>Sérgio de Vasconcelloshttp://www.blogger.com/profile/03178265624590551381noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2783681332941315787.post-64903816538435289052010-09-09T02:28:00.001-03:002010-09-09T02:30:20.122-03:00Marx, um Saduceu<div style="text-align: center;">Trechos de LA AGONÍA DEL CRISTIANISMO </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;">Miguel de Unamuno*</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAkH5_uZJG6jrxEe3SOvMJ9Wa0dM15dQV5pW-mQqmrB-MlrHNlRzMn1tqevrP6oDJyXAl27ZE1cA_F3QXrNd73ujaPxFkaxvkXjRNEAzlIVQVvuUTSbdawdIcybAW9GUy9IovSzXilpo4/s1600/unamuno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAkH5_uZJG6jrxEe3SOvMJ9Wa0dM15dQV5pW-mQqmrB-MlrHNlRzMn1tqevrP6oDJyXAl27ZE1cA_F3QXrNd73ujaPxFkaxvkXjRNEAzlIVQVvuUTSbdawdIcybAW9GUy9IovSzXilpo4/s320/unamuno.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">---------------------------------------------------------------------------------------------------- </div><div style="text-align: justify;">La inmortalidad del alma es algo espiritual, algo social. El que se hace un alma, el que deja una obra, vive en ella y con ella en los demás hombres, en la humanidad, tanto cuanto ésta viva. Es viver en la historia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Y, sin embargo, el pueblo de los fariseos donde nació la fe en la resurreción de la carne, esperaba la vida social, la vida histórica, la vida del pueblo. Como que la verdadera deidad de los judíos no es Jehová, sino es el pueblo mismo judío. Para los judíos saduceos racionalistas, el Mesías es el pueblo mismo judío, el pueblo escogido. Y creen en su inmortalidad. De onde la preocupación judaica de propagarse físicamente, de tener muchos hijos, de llenar la tierra con ellos; su preocupación por el patriarcado.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Y su preocupación por la prole. Y de aquí que un judío, Carlos Marx, haya pretendidohacer la filosofía del proletariado y haya especulado sobre la ley de Malthus, un pastor protestante. Los judíos saduceos, materialistas, buscan la resurrección de la carne en los hijos. Y en el dinero, claro... (...).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>-----------------------------------------------------------------------------------------------------<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Habría que distinguir, ante todo, entre la realidad y la personalidad del sujeto histórico. <i>Realidad</i> deriva de <i>res</i> (cosa) y personalidad de persona. El judío saduceo Carlos Marx creía que son las cosas las que hacen y llevan a los hombres, y de aquí su concepción materialista de la historia, su materialismo histórico - que podríamos llamar realismo -; pero los que queremos creer que son los hombres, que son las personas, los que hacen y llevan a las cosas, alimentamos, con duda y en agonía, la fe en la concepción histórica de la historia, en la concepción personalista o espiritualista.</div><br />
---------------------------------------------------------------------------------------------------<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">(...) La historia, por otra parte, es realidad, tanto o más que la naturaleza. La persona es cosa, porque cosa deriva de <i>causa</i>. Yhasta narrando historia se hace historia. Las doctrinas de Carlos Marx, el judío saduceo que creía que las cosas hacen a los hombres, ha producido cosas. Entre otras, la actual revolución rusa. Por lo cual anduvo mucho más cerca da realidad histórica Lenin, cuando al decirle de algo que reñía con la realidad replica: "Tanto peor para la realidad!" Si bien tomó esto de Hegel.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">---------------------------------------------------------------------------------------------------</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A todo esto nos dicen que desaparecerán juntos el cristianismo y la civilación occidental o grecorromana y que vendrá por el camino de Rusia y del bolchevismo otra civilización o, como quiera llamársela, una civilización asiática, oriental, de raíces budistas, una civilización comunista. Porque el cristianismo es el individualismo radical. Y, sin embargo, el verdadero padre del sentimiento nihilista ruso es Dostoyevski, un cristiano desesperado, un cristiano en agonía.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas aquí tropezamos con que no hay conceptos más contradictorios en sí mismos, que más se presten a aplicaciones contradictorias, que los conceptos de individualismo y comunismo, así como los de anarquismo y socialismo. Es absolutamente imposible poner nada en claro con ellos. Y los que con esos conceptos creen ver claro son espíritus oscuros. Qué no haría la terrible dialéctica agonica de San Pablo con esos conceptos!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Como la individualidad es lo más universal, así no cabe entenderse en este terreno.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Los anarquistas, si quieren viver, tienen que fundar un Estado. Y los comunistas tienen que apoyarse en la libertad individual.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">--------------------------------------------------------------------------------------------------</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Y muchos creen que nace una nueva religióm, una religión de origen judaico y a la vez tártaro: el bolchevismo. Una religión cuyos dos profetas son Carlos Marx y Dostoyevsky. (...).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">-------------------------------------------------------------------------------------------------</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">UNAMUNO, Miguel. <b>La Agonía del Cristianismo</b>. Madrid: Alianza Editorial, 1996. Transcrito das páginas 40, 41, 44, 45, 79, 80, 109 e 110. O título da Postagem é nosso, porém, inspirado no Texto.</div>Sérgio de Vasconcelloshttp://www.blogger.com/profile/03178265624590551381noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2783681332941315787.post-84732123505201699262010-07-23T23:33:00.014-03:002010-08-29T14:51:34.292-03:00O Caráter Profético do Marxismo<div style="text-align: right;">Heraldo Barbuy*<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Faremos neste ensaio a exposição e a crítica sumárias de alguns tópicos essenciais do marxismo. O marxismo é um conjunto de proposições de natureza histórica, sociológica e econômica; essas proposições formam um sistema filosófico, voltado para a ação revolucionária. Dentre as afirmações do marxismo, algumas são totalmnte inverificáveis; outras, puderam ser confrontadas com a experiência e foram pela experiência refutadas. Mas ao marxismo, tanto as proposições inverificávis, quanto as que foram refutadas pela prática, funcionam como um sistema religioso. As críticas racionais e a contestação do marxismo pelos fatos, têm sido completamente inúteis em face da eficiência que o sistema tira do seu caráter religioso.<br /><div style="text-align: justify;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;">Não se dá com o marxismo o que se dá com os sistemas científicos, que perderam a vigência desde que não mais coincidiram com a realidade: os grandes credos coletivosd não vivem pela fôrça de suas supostas verdades ou erros científicos, e sim pela fé que despertam. O marxismo é uma religião modernizada, isto é, que se apresenta como científica, - e seu principal autor é uma espécie de profeta bíblico, que retoma certos temas do Antigo e do Nôvo Testamento: tem suas noções próprias da catástrofe purificadora, do Juízo Final e da Redenção da Humanidade. É uma religião que, ao contrário das demais (que se fundam em elementos divisnos e transcendentes), está centrada exclusivamente no Homem e cuja finalidade é a ação revolucionária redentora. Sua mensagem consiste em pregar a revolução total, que deve expurgar o mundo de tôdas as alienações que o infelicitam. Para tanto, êste nôvo credo deve fornecer ao adepto e ao iniciado um método seguro de ação, apoiado numa visão "científica" da natureza, da história e da sociedade.<br /><br />O marxismo está ligado particularmente ao sistema das idéias de Hegel, não só pelo seu método, - que é a dialética da contradição -, - como também pelas suas teses principais; por exemplo, sem a <span style="font-style: italic;">Lógica</span> e a <span style="font-style: italic;">Fenomenologia do Espírito</span> de Hegel, as teses de Feuerbach, de Marx e de Engels, que vieram a constituir o corpo da filosofia marxista, não teriam sido possíveis. O marxismo nasceu como pequena ramificação da esquerda hegeliana. Mas tem suas relações também com os românticos e coma Escola Histórica.<br /><br />Apesar de serem antípodas, os marxistas de um lado, e de outro os românticos e a Escola Histórica, nem por isso o marxismo deixou de se beneficiar de algumas teses românticas: recebeu, por exemplo, da Escola Histórica, as críticas que esta última dirigiu ao capitalismo, ao individualismo, e a tôda ordem burguesa consagrada pelos economistas clássicos; Marx é contribuinte involuntário do romantismo, pelo ódio que vota à ordem social que estabeleceu o burguês e o proletário e converteu o mundo num mercado dominado pelo dinheiro. O marxismo está ligado também à literatura política anglo-francesa do século XVIII e do comêço do século XIX, que inventou as utopias do pregresso indefinido da espécie humana, e descreveu a rósea felicidade a que êsse progresso devia conduzir a humanidade futura. O marxismo, porém, tira do método de Hegel uma originalidade que lhe permite não se confundir pura e simplesmente com as demais correntes suas congêneres, apesar do seu íntimo parentesco com os materialismos dos séculos XVIII e XIX, a que se dão os nomes de positivismo, naturalismo científico, cientificismo, fisicismo, biologismo, mecanicismo, etc.<br /><br />O marxismo se distingue em parte de tôdas essas correntes por fôrça de sua procedência hegeliana. Além disso, não trata separadamente a economia, a história e asociologia, senão que as conjuga e as subordina à sua visão do conjunto. Para Marx não teria cabimento considerar no homem o econômico, o histórico ou o sociológico, fora duma perspectiva totalizante. (Graças a êste método, que era o da Escola Histórica e o de todos os grandes sistemas alemães, devemos o não ter-se a história tornado uma simples enumeração cronológica de fatps; não ter a economia sobrevivido como formulário de leis "racionais", desligadas do espaço e do tempo; não ter a sociologia degenerado inteiramente na coleta dos fatos amorfos e das monografias sociográficas, que nada significam fora da visão global que lhes dá conteúdo e forma.) Ao marxismo devemos por isso largamente a manutenção das relações que unem a história e a sociologia. Devemos também, em parte, a formação do método sociológico chamado "tipologia gloval", ou seja, a sociologia compreendida como ciência dos grandes sistemas sociais. Max Weber, fundador principal da tipologia sociológica, não procede só da Escola Histórica, mas também do marxismo.<br /><br />Pelas mesmas razões, o materialismo de Marx é <span style="font-style: italic;">sui generis</span>; pretende estar em oposição ao idealismo, porém atribui à matéria o princípio dinâmico do movimento dialético, que os idealistas punham no Espírito Absoluto, ou na Idéia Absoluta. è uma derivação do empirismo e do sensualismo, dos quais tira suas afirmações materialistas; reveste porém essas afirmações das categorias da espeiência filosófica alemã. A matéria, para Marx e Engels, não é o que os fisicistas da época consideravam como tal, e sim o conjunto das relações do homem com a natureza e a sociedade; é a totalidade das sensações que formam um jôgo ativo - dialético - entre os diversos ingredientes da sociedade e entre esta e a natureza: para o marxismo, tudo é resultado da experiência sensível, desde os primeiros movimentos físicos do homem até os graus mais elevados da sua consciência, de sua religião e de sua filosofia. Como para todos os sensualistas, também para Marx não há nada mais do que o reino da experiência sensível. (Como se soubessem o que é o corpo, o que são os sentidos e o que é a natureza, os marxistas nos ensinam que tudo não passa dum jôgo dialético de sensações entre o homem e a natureza).<br /><br />Dialético, materialista e ateu, o marxismo consegue ser uma construção unitária, da qual dizia o comunista Karl Kautsky, que tinha assimilado a experiência econômica inglêsa, a experiência política francesa e a experiência filosófica alemã. De fato, graças à fusão dêsses três elementos e ao seu caráter profético, o marxismo quer ser uma filosofia total do mundo; quer ser a palavra dialética da verdade, o método infalível, e a mensagem suprema da libertação do homem. Marx denuncia tôdas as filosofias anteriores, como alienações e mistificações, inclusive as filosofias materialistas que o precederam; denuncia tôdas as religiões, todos os Estados, as instituições jurídicas, os regimes sociais e econômicos como testemunhos da alienação, da mistificação e da infelicidade do homem. O marxismo se propõe a salvar o homem dilacerado por todo o processo histórico.<br /><br />Em vários tópicos de sua obra <span style="font-style: italic;">O Capital</span>, Marx enunciou a teoria da última grande catástrofe da histórica, que há de encerrar a história, e que é a catástrofe do capitalismo (por exemplo, no Vol. III, págs. 203 1 205, e em outros tópicos; tradução francesa de Roy, Éd. Sociales, 1950). Quem quer que leia essa poderosa obra, há de encontrar, depois de longos capítulos eruditíssimos e áridos, momentos duma eloqüência e duma grandeza que lembram os profetas bíblicos. Segundo Marx, o capitalismo, que levou a luta de classes ao ponto extremo, desenvolve suas contradições internas até o amadurecimento final do regime burguês, quando então o processo se resolverá na vitória fatal do proletariado e na aparição da sociedade sem classes. Esta profecia está fundad no materialismo histórico, invoca para si um fundamento científico: nasce ùnicamente do exame das leis, ou supostas leis internas do capitalismo, e das suas contradições. O <span style="font-style: italic;">Manifesto Comunista</span> esclarece que, as mesmas armas de que a burguesia se serviu para abater o sistema feudal se voltam agora contra a burguesia. A burguesia, segundo o <span style="font-style: italic;">Manifesto</span>, não se contentou com forjar apenas as armas que a liqüidarão; produziu também os homens que se servirão dessas armas, os operários modernos, os proletários: e o irônico é que a burguesia, justamente por ter criado um contexto social, de que o proletariado é parte integrante, se apresenta, contra si mesma, como classe revolucionária por excelência; depois do fim da burguesia não pode haver outro regime senão o comunismo. A burguesia, segundo Marx e Engels, teve grande mérito de facilitar a revolução internacional, porque é uma classe cosmopolita, que engendra, como contradição interna, um proletariado, também cosmopolita. Burguesia e proletariado, em suma, são classes anti-nacionais; hostis uma à outra, fazem parte do mesmo processo. O processo se põe como afirmação (burguesia) e como negação (proletariado), porque, como ensinava Hegel, cuja <span style="font-style: italic;">Fenomenologia do Espírito</span> Marx transpõe para o materialismo histórico, a realidade do senhor é o escravo, e a realidade do escravo é o senhor. - Dialèticamente, a burguesia gerou o proletariado que a destruirá; mas êsse proletariado, se bem inter´retamos Marx, não é uma simples antíteses da burguesia; sua originalidade, segundo Marx, e o motivo pelo qual essa classe é vista como portadora da revolução total está no seguinte: enquanto nas épocas anteriores as classes dominantes se sucediam no poder, cada qual procurava imprimir à sociedade inteira os seus caracteres próprios, sua visão do mundo, seu estilo de existência. O que era de interêsse da classe dominante se punha nas ideologias como lei eterna, como ordem natural, como princípio divino: foi assim que os economistas clássicos tomaram a ordem burguesa como a ordem definitiva, a mlehor das ordens possíveis; o estilo burguês de vida se tinha tornado algo definitivo, como em outros tempos o estilo aristocrático. Mas oproletariado tem de original, segundo o marxismo, não ser uma classe como as demais, que no passado lutaram pelo poder: não pode nem mesmo ser chamado propriamente de <span style="font-style: italic;">classe</span>; êle não é nada, não tem nada; não tem modo de existência particular; é a negação de tudo quanto já foi categoria histórica, de tudo quanto já foi classe no sentido próprio do têrmo. É o anonimato absoluto, cujo caráter internacional tem como denominador comum se a massa dos oprimidos, dos miseráveis, dos que não têm, nem são nada. Sendo a negação de tudo, o proletariado não pode, como as antigas classes dominantes, querer impor um estilo de vida, que não possui. Por isso, o advento fatal do proletariado, previsto por Marx (fatal, porque dialèticamente inevitável), significará a destruição de tudo quanto existiu anteriormente, de todos os modelos de vida, de tôdas as formas de apropriação da riqueza, de tôdas as garantias de xistência individual. É o estabelecimento, dentro de certo prazo, do coletivismo absoluto. Sendo o proletariado a classe mais baixa das sociedades atuais (está quase ao nível do subterrâneo social chamado <span style="font-style: italic;">Lumpenproletariat</span>), quando êle se levantar, não poderá deixar de abater tudo quanto está acima de si. E, segundo a dialética marxista, não depende da vontade de ninguém impedir essa revolução total: porque a contradição burguesia <span style="font-style: italic;">versus</span> proletariado há de chegar a um ponto em que o capitalismo não poderá sequer manter o proletariado como classe oprimida; em todos os tempos passados, ensinam Marx e Engels, os senhores mantiveram os escravos, pelo menos ao nível da subsistência. Mas o capitalismo tem tais leis internas de acumulação e concentração do capital (longamente estudadas por Marx no fim da L. 1º d'<span style="font-style: italic;">O Capital</span>), que farão com que o proletariado desça cada vez mais na escala social; segundo o <span style="font-style: italic;">Manifesto</span>, a pauperização gradual tornará completamente impossível a subsistência do proletariado no regime capitalista de produção; e nesse dia, a revolução se derá por si mesma.<br /><br />Acabamos de resumir a profecia segundo a qual o marxismo decreta o fim do regime capitalista: esta profecia decorre, para Marx, duma <span style="font-style: italic;">Lei inexorável</span>, uma lei histórica; ela se realizará de qualquer modo, em função do movimento dialético. Marx e Engels são profetas complexos: concitam o proletariado internacional à luta contra a burguesia e mostram, ao mesmo tempo, que a vitória do proletariado sôbre a burguesia é tão certa e tão necessária quanto necessária e certa foi a vitória da burguesia sôbre a ordem feudal. Não se trata, no marxismo, duma reedição dos profetas dp socialismo sentimental que andavam a procurar idealmente qual seria a melhor forma de sociedade possível; de que modo se poderia estabelecer a harmonia social; como se faria com que o patrão e o operário se entendessem; como abolir a propriedade privada ou tornar proprietários todos os cidadãos, etc. Marx, com o senso crítico dos discípulos de Hegel, ridicularizou todos os socialismos anteriores como formas de frustração e alienação; são socialismos nos quais a classe operária não tomou ainda consciência de sua própria real; representam um momento histórico em que a consciência proletária não está ainda madura; êste momento engendra teorias ridículas, segundo o marxismo, de acôrdo com as quais o problema não seria um problema histórico, e sim uma questão de organizar a sociedade dêste ou daquele modo: mesmo Proudhon, com seu livro <span style="font-style: italic;">Qu'est-ce que la propriété?</span>, no qual responde que a propriedade é um roubo, <span style="font-style: italic;">la proprieté est un vol</span>, foi completamente desmoralizado por Marx. E por quê? Porque, no marxismo, não se trata de pensar ou imaginar a melhor ordem social possível, e sim de descobrir as leis internas, imanentes, do movimento histórico, denunciar suas contradições e descobrir o que fatalmente se dará. Graças a este método dialético, que descobre as leis internas do movimento histórico, Marxs, Engels e os marxistas puderam limpar o caminho de todas os demais socialismo e materialismos, e apresentar o seu próprio socialismo cmo "socialismo científico". O fim da burguesia e a catástrofe do capitalismo podiam ser deduzidos já da <span style="font-style: italic;">Fenomenologia do Espírito</span> de Hegel, onde se encontra a famosa passagem dialética do Senhor e do Escravo: há um momento, em Hegel, em que o Senhor se torna o escravo do Escravo, e o Escravo se torna o senhor do Senhor: ambos fazme parte de um só contexto, no qual cada Têrmo se torna o seu contrário. Só que o proletário, para Marx, não é mais o simples Escravo que se tornará o senhor do Senhor; é algo mais: é a inovação absoltuta, a reconciliação definitiva, o portador messiânico da salvação. Assim, no marxismo, todo o processo histórico terminará com a vitória do proletariado.<br /><br />BARBUY, Heraldo. <span style="font-weight: bold;">Marxismo e Religião</span>. São Paulo: Dominus, 1963. Transcrito das páginas 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11. Foi conservada a grafia do original.<br /><br />* Filósofo. Autor do importantíssimo "O Problema do Ser e Outros Ensaios".<br /></div>Sérgio de Vasconcelloshttp://www.blogger.com/profile/03178265624590551381noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2783681332941315787.post-43299756397336720872008-05-02T00:42:00.003-03:002010-08-15T03:07:13.916-03:00La Economía. El materialismo histórico<p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><span style="" lang="ES-TRAD"><o:p></o:p></span><b><span lang="ES-TRAD" style="font-size:14;">H. Rickert<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><span style="" lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="ES-TRAD">Los conceptos universales ocupan el lugar más considerable en aquellas ciencias culturales, que tienen por objeto la vida <i>económica</i>. Pues, en la medida en que esos movimientos económicos puedan en peral aislarse, habrá de tenerse muchas veces en cuenta realmente sólo las <i>masas</i>, y lo esencial para esa ciencia cultural coincidirá casi siempre con lo contenido de un concepto relativamente universal. Así, por ejemplo, la definición histórica del aldeano o del fabricante, en determinado pueblo y determinada época, representará con bastante exactitud lo común a todos los ejemplares aislados y constituirá, por lo tanto, su concepto naturalista. En este caso cabe, pues, que lo puramente individual retroceda a segundo plano y que la fijación de las relaciones universales de carácter conceptual ocupe el mayor espacio<a style="" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=2783681332941315787&postID=4329975639733672087#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference">1</span></a>. Todo esto, además, nos ayuda a comprender por qué el afán de hacer de la ciencia de la historia una ciencia natural generalizadota va unido tantas veces a la afirmación de que toda historia es en el fondo historia de la economía.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="ES-TRAD">Pero al propio tiempo adviértese ahora con la mayor claridad cuán injustificados son esos ensayos de tratar la historia <i>exclusivamente</i> como historia de la economía y luego como ciencia natural. Descansan, en efecto, como fácilmente puede verse, en cierto principio de separación de lo esencial y lo inesencial, y la elección de ese principio es enteramente <i>caprichosa</i>; es más: su adopción se debe originariamente a una <i>posición política partidista</i>, que no tiene nada de científico. Puede ello ya percibirse en Condorcet; y la llamada <i>concepción materialista de la historia</i>, que constituye el extremo máximo de toda la dirección, es un ejemplo clásico. Pende en gran parte de anhelos específicamente socialistas. Siendo democrático el ideal cultural director, existe la tendencia a considerar aun en pasado las grandes personalidades como “inesenciales” y a no dar valor sino a lo que procede de la multitud. Por eso la narración histórica se hace “colectivista”. Desde el punto de vista del<span style=""> </span>proletariado – o desde el punto de vista que los teóricos consideran como el de la masa – entran en cuestión principalmente los valores más cercanos a la animalidad; por consiguiente, lo “esencial” es sólo aquello que se halla en relación directa con esos valores, esto es, la vida económica. Por eso la historia se torna “materialista”. Pero ésta no es ya una ciencia histórica empírica, avalorativa, sino una <i>filosofía de la historia, constructiva</i>, hecha con violencia y falta de crítica. Más aún: esos valores absolutamente puestos, son aquí tan decisivos que lo que para ellos es <i>significativo</i> se ha tornado en el único verdadero <i>ser</i>, y todo lo demás, que no es cultura económica, queda transformado en mero “reflejo”. Nace de aquí una concepción completamente <i>metafísica</i>, que ostenta, en sentido formal, la estructura del idealismo platónico o <i>realismo de los conceptos</i>. Los <i>valores</i> llegan a ser hipostasiados como verdadera y única <i>realidad</i>. Con esta diferencia tan sólo: que en lugar de los ideales de la cabeza y del corazón hanse colocado los ideales del estómago. Llega incluso el “ideólogo” Lassalle a recomendar a los obreros que conciban su derecho electoral como una cuestión de estómago, y que, al modo como el calor del estómago se expande por el cuerpo, lo expandan asimismo por todo el cuerpo nacional, porque entonces no habrá fuerza alguna capaz de resistirlos<a style="" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=2783681332941315787&postID=4329975639733672087#_edn2" name="_ednref2" title=""><span class="MsoEndnoteReference">2</span></a>. Nadie debe asombrarse si desde este punto de vista aparece, en último término, la evolución de toda la humanidad como una “lucha por el mejor pesebres”.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="ES-TRAD">Si se ha comprendido bien el punto de vista valorativo sobre que descansa “el materialismo histórico” se verá lo que resta de la <i>objetividad</i> de semejante manera de escribir la historia. Es ella más bien un producto de la política partidista que de la ciencia. No he de negar que anteriormente la vida económica era acaso harto poco atendida por los historiadores, y como consideración <i>complementaria</i> tiene, sin duda, su valor la historia de la economía. Pero el intento de referirlo todo a ella sola, como lo <i>único</i> esencial, debe contarse entre <i>las más caprichosas construcciones históricas</i> que se han ensayado hasta hoy.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="ES-TRAD">Rickert, Heinrich – Ciencia Cultural y Ciencia Natural – Traducción del alemán por Manuel G. Morente – Prólogo de José Ortiga y Gasset – Madri – Calpe – s/data – (8) + 151 págs. Biblioteca de Ideas del Siglo XX – Vol. </span>I; transcrição de parte do Capítulo XI, Los territórios intermédios, págs. 117, 118 e 119.</p> <div style=""><!--[if !supportEndnotes]--><br /><hr align="left" width="33%" style="font-size:78%;"> <!--[endif]--> <div style="" id="edn1"> <p class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><a style="" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=2783681332941315787&postID=4329975639733672087#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="" lang="ES-TRAD">1</span></span></a><span style="" lang="ES-TRAD"> Puesto que repetidas veces, y apoyándose en mis investigaciones metodológicas, se ha discutido la cuestión de si la economía nacional es una ciencia histórica individualizadota o una ciencia generalizadota, he de advertir expresamente que no puedo proponerme tomar actitud respecto de esa cuestión. Debe quedar reservada a la decisión de los especialistas. Desde puntos de vista lógicos, tan legítima es una posición generalizadota de la vida económica como una exposición individualizadota. Lo que hay que rechazar es solamente la opinión de que la economía no puede proceder sino <i>exclusivamente</i> por generalización. Sería una malísima metodología la que no diera ancho campo a todas las <i>diferentes</i> direcciones de la investigación particular.<o:p></o:p></span></span></p> </div> <div style="" id="edn2"> <p class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><a style="" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=2783681332941315787&postID=4329975639733672087#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="" lang="ES-TRAD">2</span></span></a></span><span style="" lang="ES-TRAD"><span style="font-size:85%;"> <i>Respuesta pública al Comité central para la reunión en Leipzig de un Congreso general de los trabajadores alemanes</i>, 1863. Pensaba yo en la citada frase de Lassalle cuando en la primera edición de esto libro empleé el término: “ideales del estómago”. Tönnies pudo muy bien sospecharlo, y, en todo caso, no debió escribir que no comprendía “de qué sentina ha sacado Rickert esa su exposición personalísima de la concepción materialista de la historia”. (<i>Archivos de Filosofía Sistemática</i>, tomo VII, página 38.) Si más tarde Tönnies ha explicado “el acento crepitante” de sus palabras diciendo que se sintió “<i>personalmente</i> irritado por el <i>tono despreciativo</i>”(<i>loc. cit</i>., pág. 408), es ello una prueba más de que ciertas concepciones naturalistas de la historia más bien son “convicciones” personales, defendidas con pasión, que no pacíficas fundamentaciones científicas. Las frases que yo empleo non son, en absoluto, despreciativas: se esfuerzan simplemente por fijar el hecho de que “el materialismo histórico”, como toda filosofía de la historia, descansa en la posición de ciertos valores y que su burla del idealismo no procede de que elimine los “ideales” en general, sino de que substituye unos ideales viejos por otros nuevos. Mas Tönnies no se ha preocupado, desgraciadamente, de refutar esto. No quiero negar que haya muchos que se han arrojado en brazos de una concepción naturalista de la historia movidos, según la antigua usanza, por ideales de la cabeza e del corazón. Pero ello no hace sino elevar a esos pensadores como hombres, no como científicos, pues ello es una consecuencia y una recaída en la “ideología”.</span><i><o:p></o:p></i></span></p> </div> </div>Sérgio de Vasconcelloshttp://www.blogger.com/profile/03178265624590551381noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2783681332941315787.post-30580261876062723572008-05-01T03:31:00.004-03:002010-08-15T03:04:13.153-03:00El Marxismo<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style=""> </span><b>Nicolas Berdiaeff<o:p></o:p></b></p> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><b><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></b></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD">Los jóvenes emigrados rusos no conocen más que una cosa del marxismo, y es la siguiente: que éste engendró las atrocidades de la revolución comunista, la propaganda antirreligiosa y la persecución de la Iglesia. La juventud que se quedó en Rusia desconoce igualmente el marxismo, porque es imposible conocer lo que se impone a la fuerza. Antaño conocíamos mal la ortodoxia porque nos la imponían “desde arriba”, como pasa ahora con la teoría marxista. Hemos empezado a conocerla tan sólo desde que es perseguida. Pero es indispensable profundizar el marxismo, comprender por qué inspira a las masas y por qué engendró el odio a la religión y a la Iglesia.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD">No hay jamás que representar al adversario bajo un prisma demasiado ingenuo y elemental. Esto nos empequeñece en la lucha. El marxismo es un fenómeno muy serio en el curso de la historia de la humanidad, y el comunismo ruso tiene sus razones profundas. Los marxistas son a menudo groseros y obtusos, pero Carlos Marx era un pensador genial y fino del tupo clásico. El marxismo originario está ya anticuado y no corresponde ni a la realidad social contemporánea ni al nivel de los conocimientos científicos y filosóficos. El manifiesto comunista fue redactado por Marx e Engels en 1847. Marx funda sus opiniones sobre el primer desarrollo del capitalismo en Inglaterra, pero desde su muerte el desarrollo económico de Europa alcanzó un grado que éste no pudo prever ni sospechar. La ‘socialdemocracia” tuvo que hacer a la teoría de Marx toda suerte de rectificaciones. En cuanto al comunista ruso, surge en un medio histórico diferente desconocido para Marx; en un nuevo mundo de Oriente; y por consiguiente trocó el marxismo en algo completamente distinto, no respetando más que su espíritu esencialmente antirreligioso.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD">El marxismo pretende ser una concepción universal, integral, que responde a todas las cuestiones primordiales y da un sentido a la vida. Es a la vez una política, una moral, una ciencia y una filosofía. Es una nueva religión que pretende reemplazar al cristianismo. Los verdaderos marxistas son, según ellos. Fervientes dogmáticos; no son ni escépticos ni críticos, tienen una confesión y un sistema dogmático.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD">El dogmatismo que niega la libertad del espíritu es el más terrible, el más extremista, el más fanático. El cristianismo no cree que se pueda alcanzar el reino de Dios sin el concurso de la libertad humana, sin el asentimiento del hombre, sin un renacimiento interior y espiritual. El marxismo cree que el orden social perfecto, “el reino de Dios sobre la tierra”, puede obtenerse no sólo sin Dios, pero sin la libertad humana, por la aplicación del dogma marxista a la vida. Su dogmatismo tiene dos fuentes: la una, de vida: la realidad social de Europa de mediado del siglo XIX; la otra, teórica: la filosofía idealista alemana. Marx, nacido de Fichte e de Hégel, era un hegeliano de izquierda; él y su principal discípulo, Engels, pretendieron realizar prácticamente lo que los idealistas alemanes afirmaban en teoría. Fichte enseñaba que el sujeto, el “yo”, crea al mundo. Pero eso no era más que una abstracción teórica. Marx e Engels exigen efectivamente que el sujeto cree al mundo, que someta a la naturaleza, pero ese sujeto lo personificaron en el “proletariado”.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD">Hégel enseña que lo real es racional, y entiende que en el origen de la realidad se encuentra la razón, que el pensamiento es el ser. Marx transformó su idea; para él, la realidad debe volverse racional, pero hay que poseerla, hay que volverla a crear. Según Hégel, el ser no se reduce a la idea que se desarrolla según la ley dialéctica procediendo por la tesis, la antítesis y la síntesis. La vida universal no es más que la demostración, el desarrollo de la idea, del pensamiento. La dialéctica es una expresión griega que significaba primitivamente el arte del diálogo, de la controversia. Esta palabra se pude aplica a lógica, al proceso del pensamiento. Hégel entendía por dialéctica la evolución del pensamiento desarrollándose a través de las contradicciones que van surgiendo, y si Hégel enseño el desarrollo dialéctico del mundo es únicamente porque le atribuía como origen la idea y el pensamiento. La dialéctica se aplica tan sólo al pensamiento, a la idea, al espíritu. Pero Gras afirmó que en la base de la realidad del ser no residían ni el pensamiento ni la idea, pero sí la materia, el proceso material. Y quiso adaptar a él la dialéctica y obtuvo, en definitiva, el materialismo dialéctico. Marx e Engels enseñaban que la realidad material y racional e insensata se desarrolla según la ley dialéctica por la contradicción. De modo que lo que no es propiedad más que de la lógica del pensamiento, del movimiento de ideas, lo aplicaron a la materia, al proceso material. El materialismo dialéctico, inepto e inadmisible conjunto de palabras, significa la revelación del pensamiento de la razón y del sentido en la materia inerte resultantes de un choque de átomos accidental e irracional. Maex permaneció fiel a la idea de Hégel relativa a lo racional de lo real, pero la invirtió. Consideraba que en la materia desprovista del pensamiento de la razón, de sentido y espíritu, se manifiestan la razón, el pensamiento y el sentido.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD">El desarrollo dialéctico constituye siempre una demostración del sentido y de la razón. Pero, ¿ cómo demostrarlos en la materia inerte?</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD">Marx quería derribar el idealismo de Hégel y creía, gracias a su materialismo, alcanzar mayor altura científica y filosófica. Pero no lo conseguía definitivamente más que haciendo penetrar el idealismo o el panlogismo de Hégel hasta lo más hondo de la materia.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD">Creía ingenuamente en la razón de la materia y del proceso material en el sentido en que éste se desenvuelve. Pero el materialismo, considerando la material cual choque de átomos, no puede adaptarse a la dialéctica. En este choque no pueden revelarse jamás ni el sentido ni la razón. La materia, por su naturaleza, es pasiva, inerte, incapaz de desarrollo creador; sólo el espíritu es activo. De modo que los marxistas unieron ingenuamente la actividad a la materia, y la pasividad al espíritu.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD">Marx prestaba poco interés a las cuestiones filosóficas generales; no se interesaba sino de la realidad social, y he ahí que en su realidad, en cuya base Marx establece un proceso material, se descubre un desarrollo dialéctico, es decir, que la lógica, el sentido, las contradicciones, se desenvuelven y se concilian en la síntesis más elevada. Un proceso puramente social y material se halla encaminado hacia una meta elevada, hacia las condiciones de justicia social, hacia el triunfo de la razón en la realidad; ésa era la fe de Marx. Pero no podía existir para semejante enseñanza ninguna base científica o filosófica.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD">El proceso material, natural o social es por sí mismo insensato e irracional y no puede llevar a una forma de vida superior. No<span style=""> </span>hay razón que autorice semejante optimismo. Para afirmar un desarrollo dialéctico capaz de llevar a condiciones superiores y de demostrar cierta razón y sentido, hay que admitir que la base de la realidad está en la razón, el principio espíritu, el principio sentido.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD">El marxismo no logró jamás llegar a un materialismo puro. Quedó impregnado de elementos idealistas heredados de la filosofía alemana. Su materialismo dialéctico es una forma degenerada del idealismo. Para él, en la realidad primordial no hay choque de átomos, no hay proceso material, ciego e irracional, sino una IDEA en la cual creen realmente los marxistas, y un desarrollo que lleva ineludiblemente al triunfo de esta idea. Las bases filosóficas del marxismo son contradictorias, ingenuas; no son pensamientos que apuran la tesis. La interpretación del materialismo marxista, reconocida como obligatoria por el comunismo ruso, es, en realidad, inepta y filosóficamente rudimentaria.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD">Su interpretación pragmática es más justa y de más luces. En la ciencia y en la filosofía contemporánea no existe ya el materialismo.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText2"><span lang="ES-TRAD">(Berdiaeff, Nicolas – El Cristianismo y el Problema del Comunismo – 4ª edición – Traducción de María Cardona – Buenos Aires – Espasa-Calpe Argentina – 1943 – 152 págs. – Colección Austral vol. 26. </span><span style="">Transcrição integral da 1ª Parte do Capítulo<span style=""> </span>“Marxismo y Religión” – págs. 9, 10, 11 e 12)<o:p></o:p></span></p>Sérgio de Vasconcelloshttp://www.blogger.com/profile/03178265624590551381noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2783681332941315787.post-6749956764005712862008-05-01T03:03:00.004-03:002010-08-15T03:00:15.776-03:00Marxismo - Estudos Críticos<p style="font-weight: bold;" class="MsoTitle"><span style="font-size:130%;">Marxismo – Estudos Críticos</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O socialismo marxista foi inventado no século XIX, por um medíocre economista alemão, um pseudo-intelectual chamado Karl Marx. Na própria época em que foi criado já estava superado, pois era uma simplória continuação dos economistas liberais da geração anterior, David Ricardo e Adam Smith.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O marxismo fracassou completamente em todos os Países em que tomou o Poder. Infelizmente, no Brasil, ainda existem muitas viúvas do Muro de Berlim, que totalmente cegas à realidade genocida do comunismo, continuam acreditando num futuro socialista para o Brasil e para toda a Humanidade.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Vivemos em plena era cibernética, e esses retardatários que perderam o bonde da História, e que continuam acreditando na ideologia marxista, uma velharia do tempo do lampião a gás, dão provas de completa indigência intelectual. Marx falhou em todas as suas profecias, e o próprio operariado - a classe eleita... - desaparecerá como realidade econômica em mais algumas décadas.</p> <p class="MsoBodyText"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></p> <p style="text-align: justify;" class="MsoBodyText">A finalidade deste Blog é reunir estudos sobre o Marxismo, desde a sua idealização pelo alemão Karl Marx até sua atual fase de “débâcle”. A crítica ao Marxismo surgiu praticamente junto com ele, e partiu de todos os lados, das mais variadas correntes políticas, econômicas e filosóficas, inclusive e principalmente da própria Esquerda. Este Blog refletirá esta pluralidade, expondo o pensamento dos mais variados Escritores, sem prevenções ou preferências. Nosso objetivo é simplesmente ajudar na compreensão desse fenômeno ideológico, responsável pela maior matança já feita na História Humana. Espero, sinceramente, que este Blog faça perceber aos remanescentes do Marxismo que ele sempre foi uma Utopia irrealizável, que, portanto, só podia fracassar quando tentado na prática, e que hoje é apenas uma Ilusão.</p>Sérgio de Vasconcelloshttp://www.blogger.com/profile/03178265624590551381noreply@blogger.com2